Aprender como calcular o preço médio de ações é essencial para preenchimento da declaração do Imposto de Renda; saiba como fazer
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Saber como calcular o preço médio de uma ação é parte importante da estratégia de quem investe em renda variável. A partir desse resultado, investidores conseguem decidir como dar prosseguimento com a compra e venda de títulos. Além de um papel importante para a análise, o preço médio das ações também é utilizado na hora preencher a declaração do imposto de renda.
Em 2024, mais de 5 milhões de investidores aplicaram em ativos de renda variável no Brasil, segundo a B3. Com a chegada de 2025, então, resta aos investidores se prepararem para passar todas essas informações à Receita Federal, e evitar possíveis prejuízos fiscais.
Neste post, vamos ensinar como fazer este cálculo, parte central do processo de declaração.
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Importante: este texto é uma forma de te ajudar na sua busca por informações. Em caso de dúvidas, procure um contador ou profissional qualificado para auxiliar na sua declaração.
O preço médio de uma ação nada mais é do que a média aritmética dos preços de todas as compras de um determinado título. Isto é: trata-se da soma de todas as aquisições dividida pela quantidade de papéis que você tem.
A importância desse conceito vem do fato de que a compra repetida de uma mesma ação é uma prática extremamente comum no mercado financeiro, especialmente no longo prazo. Quase ninguém chega na B3 e sai comprando ações em lotes de 1. No entanto, muitas vezes essas obtenções são feitas por preços diferentes.
Além disso, esse dado é usado na declaração do Imposto de Renda. No preenchimento do documento, é necessário identificá-lo com precisão para a Receita Federal, evitando cair na malha fina.
Como calcular o preço médio de uma ação?
Para calcular o preço médio de ações, você precisa de quatro informações principais, relacionadas aos custos e volumes. Para cada ação adquirida, reúna os seguintes dados:
Custos | Volumes |
---|---|
Preço de uma única ação em cada operação | Volume de ações adquirido em cada compra |
Custo total de aquisição das ações | Quantidade total de ações que você tem |
Vamos dar um exemplo para facilitar a visualização. Suponha que, ao longo de um mês, você comprou uma mesma ação duas vezes. Nesse caso, basta multiplicar a quantidade de papéis pelo preço e somar os custos e despesas, apresentados nas notas de corretagem. Entenda:
Agora, a parte mais importante: como calcular o preço médio de cada ação. A fórmula geral é a uma fração que pode ser interpretada da seguinte forma:
(preço total 1ª compra + custos e despesas) + (preço total 2ª compra + custos e despesas) / volume total de ações = preço médio |
---|
Aplicando os valores do nosso exemplo à fórmula, temos que:
(2.000 + 20) + (6.000 + 20) / 700 = R$ 11,48 |
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Neste exemplo, o preço médio da ação é de R$ 11,48.
A seguir, vamos mostrar como você pode fazer a declaração das suas ações no IR 2025. Entenda:
Antes de começar a declaração em si, é importante ter em mãos todos os documentos que comprovem as operações feitas entre 1 de janeiro e 31 de dezembro do ano exercício, com os valores e o tipo de ativo de cada movimentação, bem como o tipo de venda.
Adicionalmente, também é necessário reunir os Documentos de Arrecadação de Receitas Federais (DARFs), notas de corretagem, informe de rendimentos e até os extratos conhecidos popularmente como “dedo-duro”.
Faça o cálculo de preço médio que demonstramos anteriormente. Recapitulando rapidamente:
Neste processo, talvez apareçam casos em que houve compra do ativo, venda e depois nova aquisição. Nessas situações, o preço da segunda captação não pode interferir na apuração de lucro da venda anterior.
Declarar o Imposto de Renda é possível por meio do programa disponibilizado pela Receita Federal ou através de preenchimento online, pelo próprio site. Com os dois passos anteriores concluídos, selecione uma dessas modalidades e comece pela declaração dos rendimentos isentos de IR (dividendos e vendas de ações que não ultrapassaram o teto de R$ 20 mil mensais).
Ficha de “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”
Na sequência, você pode fazer a declaração dos juros sobre capital próprio, na ficha de “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva” com o código 10.
Aqui, é necessário informar os valores de lucro ou prejuízo registrados durante todo o período analisado, mês a mês, no item “Operações Comuns/Day Trade”. Para isso, use como guias os documentos que você separou no começo do processo – especialmente as notas de corretagem, nesse caso.
Vale ressaltar: para apontar prejuízo, adicione um sinal negativo à frente do número. Já para indicar que não houve negociação em determinado mês, insira o número zero.
Por fim, para compensar o dedo-duro, vá até “IR fonte a compensar” e preencha os valores que foram retidos a cada mês. Esses dados podem ser encontrados nos relatórios fornecidos a você pela sua corretora.
O quinto e último passo para declarar ações no Imposto de Renda 2025 é completar a ficha “Bens e Direitos”. Para isso, você deve acessar o grupo 03 (Participações Societárias) e usar o código 01 (Ações).
Em relação às informações necessárias, será solicitado que você insira o nome e o CNPJ da empresa emissora das ações, o ticker do ativo na Bolsa de Valores, a quantidade de papéis, o valor pago por eles e outras vendas ou compras parciais feitas ao longo do ano exercício.
No campo 31/12, preencha com o custo médio das ações multiplicado pela quantidade de papéis que você tinha nessa data. Esse processo precisará ser feito para cada ação que você tiver na carteira.
Quem investe em ações e fez operações acima de R$ 40 mil ou apurou ganhos líquidos sujeitos à tributação precisa declarar o Imposto de Renda em 2025.
Com este texto, você aprendeu mais sobre como declarar ações no Imposto de Renda. A renda variável, no entanto, é uma área ampla. Por isso, não deixe de conferir também os nossos conteúdos relacionados ao Imposto de Renda:
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