Descubra como as decisões do Federal Reserve podem afetar a economia dos Estados Unidos, do Brasil e do mundo.
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Federal Reserve Board (FED), o banco central dos Estados Unidos, ocupa um lugar de protagonista na economia global. Suas decisões têm impacto direto no mercado de investimentos e nas taxas de juros e de câmbio, o que também afeta o bolso de muitas pessoas.
Por desempenhar atividades tão estruturantes, o FED é considerado uma das instituições financeiras mais relevantes do mundo. As políticas que estabelece têm o poder de estimular o crescimento econômico dos EUA e de diferentes países ao redor do mundo, incluindo o Brasil.
Neste post, você vai conhecer a história do Federal Reserve, bem como as funções que exerce e os efeitos gerados na economia mundial:
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O Federal Reserve é o banco central dos EUA, responsável pela gestão do sistema financeiro do país. Criado em 1913, tem como objetivo promover a estabilidade monetária e o crescimento econômico sustentável. A instituição atua de forma independente do governo americano com uma estrutura descentralizada, mas seu foco é representar os interesses públicos.
Além disso, o FED exerceu um papel importantíssimo em períodos de turbulência, como em 2008, na quebra do setor imobiliário, e durante a pandemia de Covid-19.
Como antes da criação do FED os Estados Unidos não tinham um banco central, o país experienciava fortes crises financeiras sem necessariamente uma autoridade monetária para lidar com isso. Então, para suprir essa necessidade de promoção da estabilidade econômica americana, o Federal Reserve surgiu em 1913, por meio da Lei da Reserva Federal (Federal Reserve Act, em inglês), assinada pelo presidente Woodrow Wilson.
É possível afirmar que o FED viabiliza seus objetivos centrais por meio de 5 funções:
Em resumo, as funções do Federal Reserve abrangem desde a formulação da política monetária até a regulamentação do sistema financeiro. Como resultado, a entidade busca manter a estabilidade e saúde econômica do país.
A verdade é que o Federal Reserve é composto por diferentes órgãos, o que pode gerar certa confusão. Ele é divido em três entidades-chave:
O Conselho de Governadores (Federal Reserve Board of Governors, em inglês) tem como objetivo alcançar as metas e executar as responsabilidades estabelecidas na Lei da Reserva Federal.
Localizado em Washington, D.C., a entidade é composta por sete membros nomeados pelo presidente dos Estados Unidos e aprovados pelo Senado a cumprir um mandato de 14 anos.
Os 12 bancos regionais (Federal Reserve Banks, em inglês) operam como pequenos bancos centrais em regiões distintas dos EUA, numa espécie de extensão do FED. Eles são responsáveis por supervisionar e monitorar as atividades bancárias em suas áreas, bem como avaliar as necessidades de cada comunidade, o que facilita a gestão do sistema financeiro.
E ainda vale ressaltar que cada uma das 12 organizações é responsável por eleger um conselho de diretores. Isso porque, assim como instituições financeiras privadas, esses bancos também são responsáveis pela administração, governança, orçamento e cumprimento de metas, que, neste caso, precisam estar alinhadas ao interesse público.
Com um papel muito parecido com o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil, o Federal Open Market Committee (FOMC) completa a lista de entidades que compõem o Federal Reserve. Esse é o mecanismo que controla as taxas de juros e opera a compra e venda de títulos públicos do país.
Como a economia norte-americana é uma das maiores do mundo, as decisões do Federal Reserve, como alterações nas taxas de juros, afetam os fluxos de capital e as taxas de câmbio em todo o mundo. Nesse sentido, é possível afirmar que o FED tem um impacto significativo nas finanças de todo o globo, entre alguns exemplos ele pode:
Quando o Federal Reserve decide aumentar as taxas de juros do país para conter a inflação, por exemplo, as pessoas tendem a migrar suas aplicações para os EUA em busca de melhores retornos financeiros.
Esse movimento pode resultar tanto na valorização da moeda americana quanto em uma retirada de capital excessiva em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Para visualizar o contexto dado acima na prática, basta observar o segundo semestre de 2022 ou o primeiro de 2023. No período, a taxa de juros americana alcançou a marca de 5% ao ano. O efeito disso, no Brasil, foi o crescimento da procura e oferta de ativos de renda fixa dos EUA.
Da mesma forma, quando o FED reduz as taxas de juros, o acesso ao crédito tende a se tornar mais fácil em diferentes economias e os investimentos podem aumentar. Neste caso, a alteração estimula o crescimento econômico global, mas também pode levar ao aumento da inflação.
O Brasil não está imune aos efeitos da política monetária do FED. De modo que, as decisões tomadas pela entidade têm impacto direto na economia brasileira.
Então, como citado nos exemplos acima, quando o Federal Reserve aumenta as taxas de juros, os investidores podem retirar seu dinheiro do país, em busca de melhores oportunidades nos Estados Unidos. O que pode acarretar:
Por outro lado, quando o FED faz o movimento contrário, o Brasil pode se beneficiar de um maior fluxo de capital estrangeiro, o que tende a estimular os investimentos e impulsiona o crescimento econômico.
Como foi possível observar, as decisões que o Federal Reserve toma podem afetar a economia global e até mesmo o planejamento financeiro de investidores brasileiros. Já que, dependendo do tipo de alteração feita nas taxas juros, o produto mais recomendado para investir, entre títulos nacionais ou internacionais, pode variar. Assim, o mais recomendado é manter-se sempre atualizado a respeito dos rumos das políticas monetárias, até mesmo as internacionais.
E agora que você sabe que é importante acompanhar de perto as decisões do Federal Reserve para entender como elas podem afetar a economia global e as suas finanças pessoais, o próximo passo é acompanhar as análises compartilhadas pelo time de economistas do C6 Bank:
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