Normalmente é preciso mais que um ano de inflação alta para mudar a classe social das pessoas
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A inflação e os preços altos afetam as diferentes classes sociais brasileiras. Como resultado, é possível observar uma queda no poder de compra das pessoas. O que, em alguns casos, resulta na necessidade de reduzir o consumo e mudar hábitos.
Como detectar a qual classe social uma pessoa ou família pertence pode gerar dúvidas, a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) elaborou um questionário, o Critério Brasil.
O teste analisa três grupos de dados: o grau de instrução, o acesso a serviços públicos e a posse de objetos (ou contratação de serviços).
O objetivo deste texto é responder a dúvida: Será que a alta de preços é suficiente para fazer as famílias brasileiras mudarem de classe social?
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De acordo com a Abep, normalmente é preciso mais que um ano de inflação alta para mudar a classe social das pessoas.
Já houve um tempo, nos Estados Unidos dos anos 30, em que contavam, por exemplo, a presença de lareira, tapetes de bom tamanho, luz elétrica e piano na sala de estar, por exemplo.
Geralmente, a renda familiar é um critério também usado. Mas em tempos de inflação, essa é uma maneira que deixa de refletir o poder de compra tão bem quanto o questionário da Abep.
Hoje, a associação considera:
Classe social | Renda mensal familiar |
---|---|
Classe A | R$ 21.836,74 |
Classe B1 | R$ 10.361,48 |
Classe B2 | R$ 5.755,23 |
Classe C1 | R$ 3.276,76 |
Classe C2 | R$ 1.965,87 |
Classe D-E | R$ 900,60 |
Se quiser ter uma noção mais abrangente, responda às questões a seguir e some os pontos para saber a que classe social você pertence:
Neste caso, se a geladeira contar com um freezer é necessário considerar mais dois pontos. Tendo em vista que os itens são analisados separadamente.
No caso das máquinas que contam com a função de lavar e secar, é necessário considerar os dois atributos de forma separada.
Agora faça sua soma de pontos e veja em qual classe social você está:
Pontuação | Classe social |
---|---|
De 45 a 100 pontos | Classe A |
De 38 a 44 pontos | Classe B1 |
De 29 a 37 pontos | Classe B2 |
De 23 a 28 pontos | Classe C1 |
De 17 a 22 pontos | Classe C2 |
De 0 a 16 pontos | Classe DE |
É válido ressaltar que o Critério tem foco no coletivo, mais precisamente no poder aquisitivo da maioria das empresas brasileiras. Sendo assim, é possível que nem todas as realidades sejam representadas em sua totalidade.
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