Em renda fixa o investidor tem previsibilidade nos rendimentos, já a renda variável é mais imprevisível. Entenda a diferença
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A diferença entre renda fixa e renda variável gera dúvidas em quem começa a investir. Isso é comum, afinal, um dos primeiros passos antes de iniciar os investimentos é conhecer os produtos disponíveis.
No mercado, muitos deles estarão dentro de categorias mais abrangentes, como é o caso da renda fixa e renda variável. Compreender a diferença entre as duas torna muito mais fácil escolher em quais ativos fazer aplicações, além de ajudar a identificar os papéis que se aproximam mais do seu perfil de investidor e de seus objetivos.
E mais: é possível combinar essas duas estratégias para alcançar os resultados que deseja. Ao longo deste post, mostraremos, na prática, o que são essas categorias e como cada uma delas funciona.
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A renda fixa é uma categoria de investimentos que oferece maior previsibilidade e segurança. Isso porque, nesse caso, os produtos têm regras de rendimento definidas antes da aplicação. Na hora de fazer o aporte, quem aplica já tem conhecimento dos seguintes aspectos: prazo, taxa de rendimento ou índice que será usado para valorizar o dinheiro aplicado.
É a partir dessas características, inclusive, que se faz uma segunda categorização dentro da renda fixa: prefixada e pós-fixada.
Os papéis prefixados têm rendimento já conhecido, enquanto os pós-fixados se referem a títulos cuja rentabilidade só será possível conhecer em seu vencimento, uma vez que ela varia de acordo com o indexador ao qual o ativo está atrelado.
A renda fixa é uma categoria bastante abrangente e engloba diferentes tipos de produto. A seguir, vamos apresentar alguns dos mais populares.
Trata-se dos Certificados de Depósito Bancário, os CDBs, tipo de investimento em que o cliente faz empréstimo para um banco por determinado período e, em troca, recebe o valor emprestado acrescido de juros, no vencimento do prazo.
É uma modalidade que conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Esse mecanismo existe para proteger o investidor caso o banco emissor do título não consiga honrar com seus compromissos financeiros. Isso acontece por meio de uma restituição do valor investido, incluindo juros até a data de liquidação, caso o investidor se enquadre em regras, como: ter aplicado até a quantia máxima de R$ 250 mil por CPF, por conglomerado financeiro.
São títulos de crédito emitidos por empresas para gerar arrecadação a fim de expandir suas atividades, para projetos específicos ou mesmo para quitar dívidas, entre outros usos. Ao comprar esses títulos, quem investe ganha direito de crédito, e passa a ser chamado de credor após a aquisição.
É daí que vem a rentabilidade dessa modalidade: ao se tornar credor, a pessoa tem direito a uma remuneração do emissor (geralmente juros, embora não necessariamente) e ao recebimento do valor investido, chamado de principal, de forma periódica ou após o vencimento do título.
As debêntures se caracterizam como um investimento de renda fixa porque as regras relacionadas aos prazos e ao formato de remuneração são definidas desde o momento de emissão por parte da empresa responsável. Isso significa que o credor faz a aplicação sabendo quanto tempo seu dinheiro precisará ficar aplicado, bem como de quanto a remuneração, pós-fixada ou prefixada, que receberá ao final do prazo.
Já as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras. Funcionam de maneira similar aos CDB: quando compradas, funcionam como uma espécie de empréstimo ao banco, com o objetivo de receber esse dinheiro de volta acrescido de juros. Além disso, assim como no caso dos Certificados de Depósito Bancário, as LCI e LCA também contam com garantia do FGC.
A diferença entre as duas e os CDB, no entanto, é que as LCI e LCA têm lastro em crédito imobiliário e para agronegócio, respectivamente. Além disso, são isentas da cobrança de Imposto de Renda.
Um dos investimentos mais simples disponíveis no mercado. Funciona da seguinte forma: ao comprar um título público, é emprestado dinheiro ao governo brasileiro. Como retorno, recebe de volta o valor investido, além de um acréscimo de juros.
Se destacam por ter um baixo investimento inicial, com títulos a partir de R$ 30. Além disso, também possuem variedade: atualmente, há mais de dez alternativas de prazos e indexadores.
O que é renda variável e como funciona
Diferentemente da renda fixa, a renda variável não é previsível. Ou seja, não é possível saber os rendimentos previamente. Adicionalmente, além de não ter um indexador pré-definido, a rentabilidade na renda variável está ligada a diversos fatores, como:
Por exemplo, se investir em ações de uma empresa, os ganhos ou perdas podem variar de acordo com as oscilações do mercado. E os resultados daquela instituição também impactam o investimento. Dessa forma, investir em renda variável pode gerar altos ganhos. Contudo, por ter mais riscos do que a renda fixa, é necessário ter cuidado para não encarar grandes perdas, também.
Assim como a fixa, a renda variável também apresenta variadas aplicações. Conheça algumas abaixo.
Ações são a menor parcela do capital de uma empresa. Funciona como um título patrimonial, o que significa que, ao comprar uma ação, quem investe se torna sócio da companhia e, em função disso, compartilha dos lucros que ela tem – além de arcar com os deveres atrelados a essa posição. Tais lucros vêm, principalmente, na forma de dividendos e da valorização dos papéis negociados na Bolsa de Valores.
Existem dois tipos de ações: ordinárias (ON) e preferenciais (PN). As ordinárias conferem o direito de voto nas assembleias da empresa, o que pode influenciar na tomada de decisões. Já quem é acionista preferencial não tem direito a voto, mas tem preferência na hora da distribuição de dividendos.
Nos fundos imobiliários (FII), os investimentos são feitos diretamente em imóveis ou ativos relacionados ao setor imobiliário, como LCI, letras hipotecárias (LH), cotas de outros FII, certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), certificados de recebíveis imobiliários (CRI), entre outros. Isso oferece maior exposição ao setor, com mais liquidez do que ao comprar imóveis.
Ao investir em um FII, a pessoa se torna cotista do fundo, isto é, titular de parte do fundo, proporcionalmente ao aporte feito.
Sigla para Exchange Traded Funds, os ETF são fundos que buscam replicar a composição de índices financeiros, como por exemplo o Ibovespa, cujas cotas são negociadas no pregão da Bolsa, da mesma forma que as ações.
São fundos de gestão passiva, o que significa que apenas acompanham a evolução de uma carteira teórica. Assim, seus gestores não podem tomar decisões discricionariamente. Além disso, vale notar que, historicamente, os ETF contam com taxas mais baixas, uma vez que seu trabalho de gestão é bem mais simples.
Basicamente, o investimento em câmbio envolve aplicações baseadas geralmente em moedas ou em fundos cambiais. Contratos futuros ou minicontratos de dólar também são populares e são negociados na B3, representativos de acordos de compra ou venda da moeda, a um preço fechado e em uma data futura.
É um tipo de investimento usado, geralmente, apenas como proteção (hedge) de carteira.
Há uma série de fundos que permitem investir em renda variável: de ações, multimercados, entre outros. Os fundos de ações são bastante populares por sua simplicidade, pois nessa modalidade quem se responsabiliza por decidir que papéis comprar ou vender é um gestor profissional. A desvantagem, no entanto, é o custo que esse profissional pode representar.
A grande diferença é a previsibilidade de cada uma. A renda fixa, é uma categoria de investimentos mais previsível. Já os resultados de uma aplicação em renda variável podem ser afetados por uma série de fatores.
Dessa forma, a renda fixa acaba sendo interpretada como sinônimo de mais segurança, enquanto a renda variável fica associada à imagem de “ganhos mais altos, porém com possibilidade maior de riscos”.
Vale notar: essas são características gerais, mas cada produto funciona de maneiras específicas. O fato de a renda fixa geralmente apresentar maior previsibilidade não significa que é impossível sair no prejuízo ao aplicar em ativos dessa categoria. Da mesma forma, a possibilidade de maior rentabilidade na renda variável não significa que todos terão sucesso com ela.
Entenda, na prática, como funciona! Resumimos as principais informações na sequência.
Característica | Renda Fixa | Renda Variável |
|---|---|---|
Rentabilidade | Sempre previsível no momento da contratação | Depende de condições de mercado |
Risco | Depende | Depende |
Liquidez | Pode variar | Normalmente alta |
Prazo ideal | Curto e médio prazos | Médio e longo prazos |
Exemplos | CDB, Tesouro Direto e LCI ou LCA | Ações, Fundos Imobiliários e ETFs, entre outros |
Existem benefícios relacionados às duas modalidades. Conhecê-los é muito importante para tomar a decisão certa.
Combinar os dois tipos de investimento é interessante. O motivo: a renda fixa traz mais estabilidade. Já a renda variável diversifica a sua carteira e tem rentabilidade mais robusta.
Ao mesmo tempo que há vantagens, os dois tipos de investimentos possuem riscos (muito embora sejam infinitamente menores na renda fixa). É fundamental entender como tudo funciona.
Renda fixa
Renda variável
Antes de tomar uma decisão, é fundamental conhecer o seu perfil de investidor e tomar decisões com base nele. Pesquise cada produto e analise os prazos de resgate – eles devem estar alinhados aos seus objetivos. Evite, por exemplo, investir em ativos de risco aqueles recursos que planeja usar no curto prazo.
Fazer o teste do perfil de investidor é fundamental, além de ser simples. No app do C6 Bank, por exemplo, é possível responder às perguntas em poucos minutos e obter o resultado.
A plataforma de investimentos C6 Invest é ideal para quem deseja começar. Isso porque é simples e intuitiva e com um portfólio completo de produtos. É possível aplicar facilmente tanto em renda fixa quanto variável.
Como aplicar em renda fixa pelo C6 Bank:
Como investir em renda variável pelo C6 Bank:
De modo geral, há uma grande variedade de produtos nas duas frentes, com opções alinhadas a todos os perfis.
Entender as diferenças entre renda fixa e renda variável deixa os seus investimentos mais consistentes. Isso porque é possível conectar suas decisões aos seus objetivos.
Em primeiro lugar, é fundamental fazer o teste de perfil de investidor. Ele será a base. Conte também com o C6 para combinar renda fixa e variável. Lembre-se: a diversificação da carteira é importante para você evoluir enquanto investidor.
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Esse conteúdo possui caráter meramente informativo e não representa recomendação ou solicitação de investimento nos produtos e classes de ativos citadas.
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