Planos de previdência privada podem ser uma ótima maneira de complementar a renda na aposentadoria – mas é necessário conhecer as opções disponíveis
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De acordo com pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada (FenaPrevi), aportes em previdência privada cresceram 13% apenas no primeiro semestre de 2022. Cada vez mais, brasileiros têm optado por esse setor a fim de complementar a renda fornecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No entanto, na hora de escolher um plano de previdência privada, é importante colocar tudo na ponta do lápis – é a única maneira de entender qual é a melhor alternativa para você.
Neste post, ajudaremos você a entender como funciona esse sistema, além de abordar diversos tópicos de importante compreensão para que você faça a melhor escolha. Os assuntos discutidos serão, respectivamente:
Gostaria de ler outras matérias sobre previdência privada para entender ainda melhor como complementar sua futura renda? Confira essas que separamos para você:
A previdência privada nada mais é do que uma modalidade de investimento na qual você contribui periodicamente com uma quantia ao longo de um determinado período. Esse valor, então, é rentabilizado de acordo com o plano escolhido – e os produtos.
O que tem atraído cada vez mais brasileiros para esse tipo de aplicação é a preocupação com a aposentadoria, tentando buscar uma renda maior do que a fornecida somente pelo INSS. Nesse sentido, a previdência privada surge como uma interessante alternativa de complemento, especialmente para pessoas que começam a investir nela desde cedo. De forma geral, quanto maior a quantia e o tempo que você investir, maior será o patrimônio disponível para uso quando você se aposentar.
Além de ser mais prática, oferecendo a opção de programar um investimento mensal automático para que você não gaste o dinheiro antes de investir, a previdência privada também tem uma melhor tributação, de acordo com o plano escolhido. Vale notar, ainda, que se trata de um tipo de investimento com o qual a maioria dos brasileiros já está acostumada – afinal.
Falaremos mais detalhadamente sobre cada um deles ao longo dos tópicos a seguir.
O primeiro passoé entender como funciona cada plano e qual a diferença entre eles.
Basicamente, os VGBLs são os planos de previdência mais comuns do mercado, representando mais de 90% do setor previdenciário privado, de acordo com a FenaPrevi. O funcionamento é como explicamos acima: são feitas aplicações periódicas que se acumulam e rendem, até o momento em que é feito o resgate. Eles atuam quase como um seguro de vida: após o período contratado, recebe uma indenização.
Já os PGBLs têm um objetivo mais voltado à acumulação do maior valor possível dentro do período estipulado pelo plano, se caracterizando mais como previdência complementar – tanto é que, diferentemente do que acontece na outra modalidade, caso um titular de PGBL venha a falecer é necessário o pagamento do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).
A grande diferença entre os dois, no entanto, não diz respeito a essas questões técnicas. Na verdade, ela surge a partir de uma discrepância na tributação:
Quem investe no PGBL pode abater da base de cálculo do IR o equivalente a até 12% da renda anual ao fazer a declaração pelo modelo completo. Assim, sobre esse montante, você “adia” o pagamento de IR desse valor, que pode ficar rendendo juros sobre juros até o momento do resgate do plano.
O Prof. Liao, em vídeo sobre o tema, menciona que há três grandes critérios a serem levados em consideração para quem está na dúvida de que plano escolher: “para quem possui renda tributável, contribui com o INSS e faz a declaração completa do Imposto de Renda, o PGBL é uma opção muito interessante”.
Adicionalmente, vale notar que especialistas também recomendam o PGBL para pessoas com idade entre 30 e 50 anos, que tenham renda e patrimônio mais elevados, pois essas características permitirão melhor aproveitamento do plano, haja vista que seu objetivo principal é a acumulação – o que é mais fácil para quem consegue investir mais recursos.
Por fim, fique atento: caso os seus aportes fiquem acima do limite de 12% da renda bruta tributável, o PGBL deixa de ser tão interessante, pois o valor excedente não reduz a base de imposto.
De acordo com o dado que trouxemos anteriormente no texto, o VGBL é escolhido por, basicamente, 9 em cada 10 investidores, representando cerca de 92% do setor de previdência privada no Brasil. Ele é uma boa opção para quem quer investir mais em previdência, além dos 12% da renda, ou para quem faz a declaração simplificada do Imposto de Renda.
Além disso, o IR nessa categoria de planos incide só sobre os rendimentos, assim como outros investimentos, e sua alíquota pode chegar a apenas 10% após 10 anos na modalidade regressiva.
Por outro lado, se você fizer a declaração completa do IR, contribui com o INSS, tem renda tributável e caso seus investimentos no ano representem até 12% dessa sua renda, o PGBL continua sendo uma opção mais interessante.
Os planos de previdência não estão isentos de todo tipo de tributação. A boa notícia, no entanto, é que o regime a ser utilizado é de escolha do investidor. Isso significa que, no momento em que o plano é contratado – e por todo o período depois disso –, o interessado terá a possibilidade de escolher entre um regime progressivo ou regressivo. Caso não escolha nenhum e o prazo venha a expirar, no entanto, a tabela progressiva é automaticamente adotada.
No progressivo, a alíquota recolhida pelo IR cresce de acordo com os valores explicitados na tabela a seguir, seguindo a mesma lógica de tributação dos salários:
Base de cálculo mensal | Alíquota | Parcela a ser deduzida |
---|---|---|
Até R$ 1.903,98 | Isento | - |
De R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 | 7,5% | R$ 142,80 |
De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 | 15% | R$ 354,80 |
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 | 22,5% | R$ 636,13 |
Acima de R$ 4.664,68 | 27,5% | R$ 869,36 |
A tabela vale tanto para planos PGBL quanto VGBL. A diferença é que, como mencionamos anteriormente, no caso dos primeiros a alíquota incidiria sobre o valor total do investimento. Para os VGBLs, sobre a parcela de rendimentos. O mesmo se aplica à tabela regressiva, que você pode conferir abaixo:
Prazo de investimento | Alíquota |
---|---|
Até 2 anos | 35% |
2 a 4 anos | 30% |
4 a 6 anos | 25% |
6 a 8 anos | 20% |
8 a 10 anos | 15% |
Acima de 10 anos | 10% |
Vale notar: não é permitido trocar do regime regressivo para o progressivo. O oposto até é permitido, mas o tempo passado não contará e, na prática, funcionária como um novo plano. Por isso, pense com bastante cuidado antes de fazer sua escolha, lembrando das recomendações dadas ao longo deste texto.
De forma geral, quando se fala em previdência privada para pessoas acima de 65 anos, há também uma preocupação ligada à sucessão e ao planejamento patrimonial. Dessa forma, o foco estará mais voltado a formas de reduzir a tributação, bem como assegurar uma divisão mais justa dos bens.
Nesse caso, para pessoas idosas a opção mais recomendada na maioria dos casos é o VGBL, tanto porque ele pode evitar a incisão do ITCMD quanto porque a tributação, nesta modalidade de plano, não incide sobre o total acumulado, e sim sobre os rendimentos. Além disso, o patrimônio em VGBL não compõe o inventário, exatamente por ser definido em equiparação a um seguro de vida, que também não passa por esse processo.
Considerando que, neste caso, estamos falando de uma pessoa que começou a investir mais tardiamente em um plano previdenciário, os rendimentos provavelmente não foram tão expressivos, e a tributação muitas vezes será menor. A exceção são casos em que a pessoa entra na modalidade regressiva já em idade bastante avançada – a tendência é que, nesse caso, a alíquota seja bastante alta.
Por outro lado, para quem tem entre 30 e 50 anos, ou até menos que isso porém com um patrimônio mais elevado, o PGBL é uma escolha mais atraente, haja vista que é pautado em uma ideia de acumulação de recursos.
Planejar a própria aposentadoria, como você pode ver, não é tarefa fácil. Entender quais serão os valores necessários para viver uma vida confortável no futuro, sem perder qualidade, pode não ser fácil. Quanto juntar? Quanto investir?
A boa notícia é que, no aplicativo do C6 Bank, é possível simular a aposentadoria desejada apenas inserindo respostas para quatro perguntas simples. O app calcula automaticamente, então, quanto é preciso investir por mês, e ainda separa os fundos de previdência privada mais adequados ao seu perfil de investidor.
A contratação de um plano previdenciário pode ser feita diretamente no app do C6 Bank. Basta seguir o passo a passo abaixo:
Caso você opte pela simulação, serão feitas quatro perguntas rápidas para entendermos melhor o que você deseja:
Ao final do questionário, você poderá ver o valor que terá acumulado quando se aposentar, de acordo com os dados inseridos, bem como o valor mensal a ser aplicado até o resgate. Adicionalmente, você também pode regular o nível de risco ao qual deseja se expor nos investimentos que serão feitos para que esse objetivo seja atingido.
Por outro lado, se você selecionar a opção “Já sei o que quero”, será automaticamente redirecionado para nosso catálogo de fundos de previdência privada. Há uma variedade de opções, com aplicações mínimas a partir de R$ 100.
Agora que você já conhece melhor os planos de previdência privada, suas características e circunstâncias em que são indicados, é só seguir o passo a passo acima e começar a planejar sua aposentadoria. No meio tempo, gostaria de ler outros posts relacionados? Confira também: