A Nasdaq é a segunda maior bolsa de valores do mundo, responsável por reunir milhares de empresas do setor de tecnologia através de negociações totalmente eletrônicas
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A National Association of Securities Dealers Automated Quotation, mais conhecida como Nasdaq, é uma das bolsas de valores dos Estados Unidos – e a segunda maior de todo o mundo, atrás apenas da Bolsa de Nova York (NYSE). Apesar de estar localizada a milhares de quilômetros de nós, brasileiros, as transações ocorridas nela podem influenciar índices e negociações por aqui, bem como em praticamente todo o mundo.
Pensando nisso, o C6 Bank preparou este texto para que você conheça melhor esse mercado, sua história, características, entre outras informações. Ao longo do post, você encontrará respostas para as seguintes perguntas:
Gostaria de saber mais sobre o mercado de ações? Confira algumas matérias que separamos para você:
A Nasdaq nada mais é do que uma bolsa de valores. Apesar de, no Brasil, estarmos acostumados com a ideia de haver apenas uma bolsa – no nosso caso, a B3 –, é perfeitamente possível que um país tenha mais de uma, e esse é o caso nos Estados Unidos. Por lá, além da Nasdaq, existem também a NYSE e a Bolsa de Chicago (CME), entre muitas outras.
Atualmente, a Nasdaq é a segunda maior bolsa de valores do mundo, em valor de mercado de empresas listadas – em 2021, tal quantia foi de US$ 23,46 trilhões. Suas operações são feitas de maneira totalmente eletrônica, sem que exista um espaço físico propriamente dito, em uma espécie de contraponto às operações da NYSE, que se localizam em um pregão na famosa Wall Street. De certa forma, essa característica reflete seu nicho: a Nasdaq abrange quase que exclusivamente as empresas de tecnologia – Alphabet (Google), Tesla, Amazon, Apple, Meta (Facebook), entre muitas outras.
Nela, estão listadas mais de 7.000 ações de pequena e média capitalização, de um total de mais de 3.800 empresas. Apesar de ficar atrás da NYSE em termos de valor de mercado, é a bolsa com maior volume de negócios por hora em todo o planeta, reforçando sua importância para o mercado global.
Criada em 1971, a Nasdaq foi concebida dentro do contexto de grande avanço tecnológico ao redor do mundo. Ao longo da década anterior, nos anos 60, foram registradas diversas novidades que, futuramente, mudariam a vida de todo o mundo: foi nela que surgiram os primeiros usos da informática com objetivos comerciais, em que o chip foi lançado e que o homem foi ao espaço e à Lua, entre uma infinidade de outras conquistas baseadas, em grande parte, na tecnologia.
Até então, as negociações no mercado financeiro eram mais restritas às empresas tradicionais. No entanto, dentre esses e outros avanços e a transformação do panorama empresarial, alguns órgãos mercantis começaram a identificar a necessidade de um espaço adequado a essa nova realidade, com regulamentações próprias e uma transparência maior.
Dessa necessidade surgiu a Nasdaq, com o propósito de modernizar o mercado de ações dos Estados Unidos. Tal inovação começa a partir dela mesma, com seu sistema de negociação totalmente eletrônico, responsável por fazer com que essa bolsa jamais vivenciasse a famosa cena dos corretores reunidos em um salão grande e barulhento.
Com o decorrer dos anos e o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais complexas, a Nasdaq só cresceu, especialmente durante a popularização da internet entre as décadas de 90 e 2000. Durante essa época, a bolsa também vivenciou um dos momentos mais importantes de sua história, conhecido como Bolha Ponto Com.
Basicamente, trata-se de uma bolha especulativa que ocorreu ao longo de 6 anos, entre 1994 e 2000. Com a popularização da internet e de tecnologias relacionadas a que nos referimos acima, uma quantidade enorme de empresas começou a surgir – muitas delas com o desejo de ganhar dinheiro fácil e rápido a partir do fervor em torno da novidade.
Com o tempo, isso levou a um superaquecimento do mercado financeiro nesse setor, em função da especulação implacável. Em 10 de março de 2000, a Nasdaq atingiu uma máxima histórica de 5.048 pontos – mais de 5 vezes mais do que a pontuação observada no começo da bolha, abaixo de 1.000 pontos.
No entanto, a bolha estourou em função de diversos motivos, sendo o principal deles a percepção dos investidores de que as ações estavam crescendo sem motivo aparente. O pânico tomou conta do mercado e a quantidade de vendas foi tão expressiva que, ao final de 2001, a Nasdaq tinha sofrido uma desvalorização de 71%.
Com o tempo, a bolsa se recuperou. Hoje em dia, como mencionamos, reúne mais de 3.800 empresas, contemplando uma variedade de stores: informática, telecomunicações, eletrônica, biotecnologia, entre outros.
Ao reunir e criar um mercado voltado às empresas de tecnologia, a Nasdaq acabou por desempenhar um papel de ajudá-las a se desenvolver. Isso porque é através dela que várias dessas instituições conseguem abrir seu capital e angariar recursos que permitem o desenvolvimento de produtos, técnicas e equipamentos cada vez mais modernos.
Adicionalmente, em função de sua própria dimensão, o desempenho dos índices relacionados à Nasdaq serve como referência para negociações e movimentações em mercados de todo o mundo. No caso dos Brazilian Depositary Receipts (BDR), por exemplo, a queda das ações de uma empresa na Nasdaq pode fazer com que o certificado representativo dessa ação perca valor aqui no Brasil, trazendo prejuízo a alguém a milhares de quilômetros de distância.
Por fim, ao regulamentar esse setor a Nasdaq também facilitou o acesso de investidores de pequeno porte a empresas grandes, permitindo que eles se tornem sócios e lucrem com as movimentações de tais companhias.
Como mencionamos, a Nasdaq funciona de forma totalmente eletrônica, sem um pregão físico. O sistema que estrutura a bolsa, na verdade, é chamado de “dealer’s market”, em que os investidores fazem a negociação de seus ativos através de um dealer, negociador intermediário entre quem está vendendo e quem está comprando.
Já em relação à sua estrutura, a Nasdaq conta com uma série de índices. De forma geral, os mais reconhecidos são o Nasdaq 100, o Nasdaq Composite e o Nasdaq Biotechnology.
O Nasdaq 100 é responsável por incluir as 100 maiores empresas listadas na bolsa americana. Entre elas, estão as que apresentaram os maiores crescimentos nos setores de maior destaque, todas elas tendo capitalização de mercado de no mínimo US$ 500 milhões e volume diário de negociação de pelo menos 100 mil ações.
O Nasdaq Composite, por sua vez, mede o desempenho de todas as empresas listadas na Nasdaq, de forma geral. Conta com mais de 5 mil instituições, número maior do que o de qualquer outro indicador do mercado financeiro. Em função disso, muitas pessoas o consideram como um “termômetro” do setor de tecnologia em geral. Esse índice também é conhecido, muitas vezes, simplesmente como Nasdaq.
Por fim, vale mencionar o Nasdaq Biotechnology. Como o próprio nome indica, ele é responsável por indicar o desempenho acumulado das cotações de papéis do setor de biotecnologia ou farmacêutica, ao longo do tempo. No entanto, não se deixe enganar: há muitos outros índices levados em consideração na bolsa.
Até alguns anos atrás não era possível investir diretamente na Nasdaq, estando no Brasil. No entanto, desde 2021 esse deixou de ser o caso: em maio do ano passado, a B3 iniciou a negociação do Exhange Traded Fund (ETF) Nasdaq 100.
Para quem não conhece ou não se lembra, ETF são fundos de investimento que buscam replicar um índice de referência – nesse caso, o já mencionado Nasdaq 100, que reúne as 100 maiores empresas da bolsa de valores americana. Isso significa que, ao aplicar no NASD11 (ticker do ETF em questão), o investidor estará efetivamente operando com ativos internacionais.
Outra opção é o investimento em BDR, certificados que representam ações de empresas estrangeiras listadas em bolsas no exterior – como a Nasdaq – e que refletem a oscilação das ações da companhia lá fora. Em ambos os casos, as negociações podem ser feitas diretamente da B3.
Conforme mencionado anteriormente, a Nasdaq conta com mais de 3.800 empresas listadas em seu sistema. Por conta disso, não iremos listar todas elas neste post, mas podemos destacar alguma das mais importantes.
É possível mencionar, por exemplo, a Apple, a Alphabet, a Meta, a Microsoft, o Yahoo, a Intel, o Ebay, a Netflix, a Amazon, a Starbucks, a Tesla, a PepsiCo, entre uma infinidade de outras companhias que desempenham papéis muito importantes no mercado financeiro e tecnológico mundial.
Apesar de ambas serem bolsas de valores, é possível apontar uma série de diferença entre as duas. A primeira é relativa ao tempo de existência: enquanto a Nasdaq foi fundada em 1971, a NYSE surgiu em 1792, ou seja, há mais de 200 anos.
Tal diferença de idade também se reflete na metodologia de cada uma: a Nasdaq é conhecida, entre outras razões, por ter surgido já como um pregão totalmente eletrônico, com um sistema informatizado e altamente tecnológico.
A NYSE, apesar de hoje em dia também contar com negociações eletrônicas, até 2006 seguia o modelo tradicional, físico, em que os corretores tinham de se reunir no local para fazer as negociações. Mas vale notar: diferentemente da Nasdaq, que segue o modelo de dealer’s market, a NYSE funciona segundo o auction market, em que compradores e vendedores fazem suas ofertas de maneira simultânea.
Pode-se apontar, ainda, o nicho de cada bolsa. A Nasdaq tem uma propensão às empresas do setor de tecnologia – já a NYSE reúne companhias mais tradicionais do mercado, que já possuem longa trajetória, como Coca-Cola, JP Morgan, Walmart, entre outras.
Por fim, há diferenças de natureza mais numérica, como o valor de mercado, o preço de listagem, o volume de negociações, além de outros fatores.
Diversificação. Para manter uma carteira de investimentos balanceada, é necessário evitar a concentração de dinheiro em uma única aplicação ou mercado, pois isso deixa o investidor muito exposto aos riscos que cercam o produto escolhido – de liquidez, de crédito, do próprio ativo, entre outros.
No entanto, mesmo que você seja um indivíduo com uma série de investimentos feitos em diversos produtos da B3, é possível que você ainda encontre prejuízos em um cenário, por exemplo, de risco fiscal, ou de queda da economia brasileira de forma geral.
Isso porque, além dos riscos mencionados, existe um risco local que, mesmo que não necessariamente traga perdas, pode limitar os seus ganhos. Nesse sentido, a exposição a ativos internacionais pode ser muito vantajosa, por mais que de fato tenham um grau de complexidade um pouco mais elevado.
Felizmente, o C6 Bank tem uma solução para tornar esse processo mais acessível.
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Agora que você conhece melhor a Nasdaq, seu funcionamento, sua história, como investir nas empresas contidas nela e várias outras informações, que tal conhecer outros tipos de investimento? Aproveite para ler também:
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