Com a inadimplência no Brasil em altos patamares, fica a dúvida de como evitar deixar as contas em atraso.
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Inadimplência e inflação são temas que marcam presença em conversas e jornais brasileiros. Ambos são responsáveis por alarmar a população, já que seus efeitos pesam no bolso de muitos. Mas enquanto para diminuir o movimento inflacionário a Política Monetária precisa entrar em ação, existem práticas individuais que podem ajudar na queda da inadimplência do Brasil.
Chegar ao fim do mês com todos os boletos pagos tem se transformado em um desafio. O dinheiro das famílias brasileiras não é suficiente para pagar as contas básicas e eventuais despesas. Em maio de 2022, segundo Serasa Experian, o número de pessoas inadimplentes no país atingiu um recorde da série histórica, chegando a 66,6 milhões. Movimento que não apresentou queda em junho, mas sim um aumento de 0,36% que totalizou em 66,8 milhões de inadimplentes.
Ainda de acordo com o levantamento, o valor médio de cada dívida é de R$ 1.216,65, ou seja, R$4,65 a mais do valor do salário-mínimo.
E quando se pensa nas principais dívidas por segmento, os bancos e cartões ocupam o primeiro o lugar. É certo afirmar que fatores macroeconômicos, como inflação e desemprego, estão impedindo que as pessoas consigam manter suas contas em dia.
Entretanto, a adoção de hábitos financeiros saudáveis, como a elaboração de um planejamento financeiro e compras conscientes, podem ajudar a diminuir os efeitos externos.
Então, pensando em ajudar quem quer aprender a como evitar a inadimplência, o C6 Bank elaborou esse conteúdo. O texto tem como objetivo explicar o que é inadimplência, o impacto que ela causa na vida da população brasileira e maneiras para diminuir o problema.
A seguir, veja detalhadamente os tópicos que serão tratados no post:
E se melhorar seu planejamento financeiro para ter as contas em dia é um desejo. Separamos outros conteúdos que podem ajudar nessa jornada:
Inadimplência significa o descumprimento de um contrato financeiro ou mesmo parte dele, como o não pagamento de uma conta. Ou seja, quando uma pessoa deixa de pagar ou atrasa o pagamento da fatura do cartão de crédito pode ser considerada um cliente inadimplente.
A relação dos indivíduos com o dinheiro é avaliada de diferentes formas pelas instituições, e ser inadimplente é uma delas. Esse é um jeito de determinar se você está cumprindo com suas obrigações, principalmente financeiras. E para entidades, como corretoras e bancos, é importante entender se você honra os seus compromissos.
É válido ressaltar que tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem ser inadimplentes. No segundo caso, a quebra de contrato pode se relacionar com tributações, pagamento de funcionários ou de fornecedores, por exemplo
A inadimplência e o endividamento andam de mãos dadas, mas não são a mesma coisa. Enquanto a primeira representa o descumprimento de um compromisso financeiro, o segundo diz respeito apenas a ter uma dívida em aberto.
Ou seja, ao fazer uma compra em que o pagamento não é a vista, você está entrando em um endividamento. E o não pagamento das parcelas ou boletos na data estipulada se categoriza como inadimplência.
A inadimplência pode ser causada por diferentes fatores. Ao observar a curva de crescimento presente no Brasil, é possível perceber que os fatores não são necessariamente individuais. De modo que as soluções para o problema também tocam no coletivo. A seguir, você vai conhecer algumas das principais causas:
A inflação, principalmente no contexto brasileiro, é uma grande potencializadora do endividamento exagerado. Com o aumento generalizado do preço de bens e serviços, o poder de compra da população cai. Nesse sentido, as pessoas passam a gastar mais pelos mesmos serviços e produtos sem ter um ganho real em sua renda. Uma vez que estão usando mais dinheiro para pagar despesas cotidianas, como alimentos ou conta de luz, fica difícil manter as faturas em dia.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos, tendem a gastar todo seu rendimento em itens básicos (alimentação, transporte, entre outros). O que quer dizer que em momentos de aperto, o pagamento da parcela de alguma dívida não será a prioridade.
O aumento do desemprego, que também pode se relacionar com a inflação, impacta o pagamento de dívidas. Afinal, se as pessoas deixam de trabalhar após selarem um contrato, é possível que elas não consigam cumprir com o que foi firmado.
O planejamento financeiro possibilita que as pessoas organizem o dinheiro e as contas de uma forma mais adequada. É um meio de evitar compras impulsivas e a realização de dívidas que, no longo prazo, não serão pagas.
Segundo pesquisa feita pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), que ouviu 600 entrevistados do Sul, Sudeste e Distrito Federal, 64,6% das pessoas afirmou fazer planejamento financeiro. Mas apesar do interesse pelo tema estar crescendo, ele ainda não se mostrou suficiente.
De acordo com o Mapa da Inadimplência e renegociação de dívidas no Brasil de junho de 2022, o Rio de Janeiro e Distrito Federal são regiões que ocupam o topo na representatividade de inadimplentes por estado, segundo e quarto lugar respectivamente.
É importante ressaltar que a inadimplência também é um efeito de um país em desenvolvimento, que conta com uma economia mais vulnerável. Nesse sentido, nem sempre os indivíduos têm poder suficiente para colocar a vida financeira em ordem, e dependem mais da retomada da saúde econômica nacional.
Ao atrasar o pagamento de uma conta sua vida financeira é impactada negativamente. Isso acontece porque a pontuação do seu score de crédito, o indicador que diz se alguém é um bom pagador ou não, pode diminuir. Além disso, é possível que o seu nome fique negativado, o que limita o acesso a crédito e a outras operações financeiras.
Sem contar que as cobranças começam chegar, o que é um grande inconveniente no dia a dia.
De modo geral, ser inadimplente determina as ações que uma pessoa pode tomar com relação a suas finanças. A chance de um endividamento severo se transformar em uma bola de neve é grande, principalmente por conta de juros, o que pode dificultar a quitação das dívidas.
A ausência de educação financeira somada a falta de dinheiro, tem um grande impacto na qualidade de vida das pessoas e das famílias.
Honrar os compromissos financeiros já foi mais fácil. A inadimplência no Brasil está crescendo cada vez mais, e isso não quer necessariamente dizer que as pessoas estão ficando mais irresponsáveis.
Como citado anteriormente, um dos motivos que têm feito os perfis inadimplentes crescer é a atual crise econômica. Os preços de itens básicos estão aumentando e o salário-mínimo não dá conta de arcar com todas as despesas que a família tem.
O aumento de 0,86% de pessoas inadimplentes em junho de 2022 salienta que a saúde financeira das famílias brasileiras não está melhorando e que ações precisam ser tomadas.
Se por um lado a crise econômica pode ser um dos motivos que levam ao endividamento extremo, do outro entendemos que a educação financeira pode ser uma ferramenta poderosa para as pessoas. Ela serve principalmente para ajudar com a organização das dívidas. Assim, separamos algumas dicas para ampliar seus conhecimentos e auxiliar quem está passando por esse processo:
O planejamento financeiro, quando bem realizado, é uma ótima alternativa para melhorar sua relação com o dinheiro. Ele oferece uma visão melhor de como, com o quê e quanto você está gastando. A partir disso, é possível entender qual o jeito mais sensato de usar o próprio dinheiro, se existem gastos que podem ser evitados ou se alguma área da sua vida está sendo negligenciada.
Em momentos de endividamento, é possível fazer uma boa organização para realizar o pagamento da dívida.
Outro ponto é que é incluir a família e as pessoas que moram com você nesse processo também pode ajudar. Assim, todos ficam na mesma página.
Apesar de essencial, começar a montar um planejamento financeiro pode ser difícil. Nesse sentido, o Professor Liao Yu Chieh, head de educação financeira do C6 Bank, realizou uma série com vídeos que podem ser de grande ajuda para quem está começando:
Para algumas famílias, falar sobre dinheiro pode ser um tabu. Pais e responsáveis nem sempre sabem como iniciar o assunto com crianças e adolescentes, e o assunto acaba sendo deixado de lado.
Porém, o tópico é de extrema importância para a saúde financeira da família como um todo. De modo que conversar sobre dinheiro, dívidas, e o impacto que elas causam em casa é importante. E é uma forma de crianças e jovens compreenderem a relação entre responsabilidade e gastos.
Sabendo que nem sempre é fácil iniciar essa conversa, o C6 Bank produziu conteúdos ideais para esse momento:
Além de transformar o dinheiro em um tópico presente em casa, é preciso ir além. Adquirir conhecimento de educação financeira e economia a partir da visão de profissionais e especialistas sobre o assunto é importante.
Aqui, não existe a necessidade de fazer um curso, é possível começar aos poucos. Consumir conteúdos voltadas sobre o tema, que são disponibilizados gratuitamente e de forma digital, é um bom começo.
E aqui no C6 Bank você pode encontrar informações relevantes para sua vida financeira em diferentes canais:
No blog, você tem acesso a uma categoria de conteúdos inteira que se relaciona diretamente com seu bolso. No Youtube, é possível assistir a vídeos curtos e aulas. Além disso, também contamos com o Podcast Macro Review, que conta com analises macroeconômicas mais avançadas e que você pode acompanhar em diferentes plataformas digitais.
Cartões e bancos ocupam o primeiro lugar das principais dívidas brasileiras, mas é importante ressaltar que ele não é um inimigo. Na verdade, o cartão de crédito pode ser um excelente aliado.
Os lados positivos desse item é que ele possibilita que você tenha todas as contas em um só lugar, o que facilita a organização. Além disso, é possível acumular pontos e milhas, fazendo compras com condições mais vantajosas futuramente.
A dica aqui é não fazer mais aquisições do que pode pagar. Ou seja, se você tem um limite muito alto, a ideia é que ele seja reduzido a uma quantia menor, que encaixe no seu orçamento e em sua realidade.
Parcelar ou apostar no pagamento mínimo também não é a melhor saída, uma vez que as taxas de juros são altas. Sempre que possível, pague o valor total até a data de vencimento.
Por fim, agora que você sabe alguns dos caminhos que podem ajudar na organização das dívidas, é possível adaptá-los para sua realidade. Lembrando que a educação financeira é um processo contínuo e que, depois do primeiro passo, tudo fica mais fácil.
Informações sobre os produtos e serviços do C6 Bank vigentes na data da postagem deste texto. As regras e condições de cada produto e/ou serviço podem ser posteriormente alteradas. Consulte os termos vigentes no momento da contratação pelo app.
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