Qual a melhor forma de pagar um financiamento imobiliário?

A amortização é uma forma de reduzir juros que incidem sobre as prestações do financiamento imobiliário.

Atualizado em

Tempo de leitura · 9 min

Publicado em

Um financiamento imobiliário costuma ser um processo longo, que leva anos ou mesmo décadas para terminar de ser pago. As taxas de juros, por sua vez, tornam essa jornada custosa, o que faz com que muitas pessoas busquem formas de concluir o financiamento o quanto antes. 

Foi com isso em vista que o C6 Bank preparou este post. Nele, vamos discutir a melhor forma de pagar um financiamento imobiliário, bem como tirar uma série de dúvidas relacionadas ao tema. Serão abordados os tópicos abaixo: 

  • Como funciona o financiamento imobiliário? 
  • Como funcionam as parcelas do financiamento imobiliário? 
  • Como pagar um financiamento imobiliário? 
  • 1. Amortizar o financiamento 
  • Como reduzir o valor das parcelas? 
  • Como baixar os juros de um financiamento imobiliário? 
  • 2. Fazer uso do FGTS 
  • 3. Fazer uso do décimo terceiro ou férias 
  • O que é IPCA no financiamento imobiliário? 
  • Diferença entre IPCA e Taxa Referencial (TR) 
  • O que vale mais a pena: quitar o financiamento ou investir o dinheiro? 

Pensa em adquirir um imóvel? Então leia também esses textos que separamos para você: 

Como juntar dinheiro para comprar uma casa: guia definitivo; 

Comprar casa é um investimento? Entenda quando vale a pena 

Como funciona o financiamento imobiliário? 

O financiamento imobiliário é uma modalidade de empréstimo voltado para a compra deste bem. Dado o alto valor dos imóveis, é mais difícil comprá-los à vista, então o financiamento se torna uma alternativa para viabilizar este sonho. Nessa modalidade, o valor emprestado é pago em parcelas mensais, com a incidência de juros. 

Esse tipo de crédito oferece duas vantagens: 

Custo: na média, financiamentos imobiliários apresentam as taxas de juros mais baixas do mercado; 

Prazo: com prazos que podem chegar até 30 anos, o financiamento permite distribuir o valor total devido em um período mais longo, o que reduz o peso das parcelas no orçamento mensal. 

Como funcionam as parcelas do financiamento imobiliário? 

Existem duas formas principais de calcular as parcelas: o Sistema de Amortização Constante (SAC) e a Tabela Price. Entenda como cada uma funciona: 

  • SAC (Sistema de Amortização Constante): nesse sistema, o valor da amortização — ou seja, a parte destinada a quitar o valor principal da dívida — permanece constante ao longo do tempo. Como resultado, as parcelas começam mais altas e vão diminuindo gradativamente, uma vez que os juros são aplicados sobre o saldo devedor, que também reduz com o tempo. Esse modelo é interessante para quem deseja reduzir as parcelas ao longo dos anos; 
  • Tabela Price: nesse método, as parcelas são fixas durante todo o período do financiamento. A cada mês, uma parte da parcela cobre os juros, e outra parte vai para a amortização. No começo, a maior parte da parcela é destinada aos juros, mas, com o passar do tempo, a amortização aumenta e o saldo devedor diminui. Embora as parcelas fixas tragam previsibilidade, a Tabela Price geralmente resulta em um custo total de juros mais alto em comparação ao SAC. 

A escolha entre SAC e Tabela Price depende do perfil financeiro do comprador e de sua capacidade de pagamento ao longo do tempo. 

Como pagar um financiamento imobiliário? 

O pagamento do financiamento é feito de forma mensal, com parcelas que podem se estender por décadas. Para evitar que esse compromisso se arraste por tanto tempo e para reduzir o custo total dos juros, algumas estratégias financeiras podem ajudar a acelerar a quitação. A seguir, apresentamos algumas alternativas. 

1. Amortizar o financiamento 

Amortizar o financiamento significa reduzir o valor total da dívida por meio de pagamentos antecipados, conhecidos como amortizações. Como mencionado, ao diminuir o saldo devedor, os juros passam a incidir sobre um valor menor, o que reduz também o valor das parcelas futuras. 

Exemplo prático: Suponha que você tenha um financiamento com saldo devedor de R$ 100.000,00 a uma taxa de juros de 8% ao ano. Caso você decida amortizar R$ 10.000,00 de uma só vez, os juros passarão a ser aplicados somente sobre os R$ 90.000,00 restantes. 

Nesse caso, existem dois tipos de amortização: 

  • Amortização para redução das parcelas: reduz o valor das parcelas, mas mantém o prazo original; 
  • Amortização para redução do prazo: mantém o valor das parcelas, mas reduz o prazo total do financiamento, o que também diminui o valor final pago em juros. 

Como reduzir o valor das parcelas? 

Para quem está no início do financiamento, uma estratégia eficaz é oferecer uma entrada maior. Quanto maior for o valor da entrada, menor será o valor a ser financiado, o que tende a reduzir o valor das parcelas. 

Além disso, é importante contar com uma reserva de emergência antes de iniciar o financiamento. Essa quantia ajuda a garantir o pagamento das parcelas em caso de imprevistos e permite fazer amortizações extras ao longo do tempo. Ter uma reserva financeira estável traz segurança e flexibilidade para lidar com o financiamento sem comprometer o orçamento. 

Como baixar os juros de um financiamento imobiliário? 

Existem algumas estratégias para reduzir os juros ao longo do financiamento: 

  • Negociar taxas com base na taxa Selic e no IPCA: o financiamento imobiliário é impactado pela inflação (IPCA) e pela taxa básica de juros da economia (Selic). É interessante avaliar os momentos em que a Selic está baixa para renegociar o financiamento ou fazer portabilidade para uma instituição que ofereça uma taxa menor; 
  • Fazer um bom planejamento financeiro: registrar todas as despesas e entender para onde vai seu dinheiro é muito importante. Ao visualizar gastos essenciais e cortes possíveis, você consegue destinar mais recursos para amortizações periódicas, o que reduz os juros totais. Para isso, é útil manter uma lista detalhada de todas as despesas e ajustar o orçamento com foco na quitação mais rápida. 

2. Fazer uso do FGTS 

O saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser uma opção para amortizar o financiamento. Com rendimentos de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), o FGTS costuma render abaixo da inflação.  

Como os juros do financiamento imobiliário variam entre 6% e 9%, usar o FGTS para amortizar o saldo devedor tende a ser financeiramente vantajoso. Ao fazer isso, é possível reduzir até 80% do saldo devedor ou quitar até 12 parcelas de uma vez. Lembre-se de que, ao usar o FGTS para essa finalidade, é necessário aguardar dois anos antes de utilizá-lo novamente para amortização. 

3. Fazer uso do décimo terceiro e das férias 

O décimo terceiro salário e o pagamento de férias também podem ser direcionados para a amortização. Embora seja tentador usar esses valores para consumo imediato, como viagens ou compras, destinar parte desses recursos para reduzir o saldo devedor pode aproximá-lo da quitação do imóvel, e reduzir o impacto dos juros a longo prazo. 

O que é IPCA no financiamento imobiliário? 

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o principal índice de inflação do Brasil e mede a variação nos preços de diversos produtos e serviços. Quando falamos em financiamento imobiliário, o IPCA pode afetar o valor das parcelas, principalmente nos financiamentos indexados a esse índice.  

Exemplo de variação do IPCA e impacto na parcela


Suponha que você tenha um financiamento de R$ 200.000 com uma taxa de juros de 4% ao ano, acrescida do IPCA, com parcelas corrigidas anualmente. No primeiro ano, o IPCA foi de 3%, o que faz com que os juros efetivos aplicados às parcelas fossem de 7% (4% + 3%). No segundo ano, se o IPCA subir para 5%, os juros aplicados ao financiamento também sobem, vão para 9% (4% + 5%), o que aumenta o valor das parcelas. 

Por exemplo, uma parcela de R$ 1.200 no primeiro ano, com o IPCA indo de 3% para 5%, pode ir para cerca de R$ 1.260 no ano seguinte. Essa variação representa um aumento anual que impacta o planejamento financeiro de quem paga o financiamento. 

Diferença entre IPCA e Taxa Referencial (TR) 

  • IPCA: acompanha a inflação e é mais volátil, e afeta o valor das parcelas nos financiamentos atrelados ao índice. O IPCA tende a oscilar de acordo com o aquecimento da economia, o que influencia diretamente o custo do financiamento; 
  • Taxa Referencial (TR): a TR é um índice criado pelo governo brasileiro, usado para calcular a correção de financiamentos e cadernetas de poupança, e normalmente é menos volátil que o IPCA. Em financiamentos indexados à TR, as parcelas não oscilam tanto com a inflação, o que torna o financiamento mais previsível, embora a TR não reflita a inflação com tanta precisão. 

Essa diferença é importante: enquanto o IPCA reflete a inflação de forma mais próxima e pode trazer uma parcela mais instável, a TR oferece mais estabilidade, com menor impacto das flutuações econômicas. A escolha entre IPCA e TR depende do perfil do comprador e de sua tolerância ao risco das variações nas parcelas. 

O que vale mais a pena: quitar o financiamento ou investir o dinheiro? 

Depende. Em termos práticos, quitar o financiamento só vale mais a pena se não houver uma opção de investimento que supere a taxa efetiva do empréstimo. No entanto, caso exista essa alternativa, você consegue lucrar mais e, consequentemente, amortizar quantias ainda maiores. 

Em outras palavras, se a taxa de juros é de 8%, por exemplo, manter seu dinheiro aplicado em investimentos com retorno maior valem mais a pena. Mas atenção: muitas vezes, mesmo que o rendimento seja nominalmente maior, os custos envolvidos no processo podem acabar impactando o dinheiro resgatado ao final. Caso a aplicaçãodeixe de superar a taxa do empréstimo depois desses descontos, ele também deixa de compensar. 

Além disso, é recomendado montar uma reserva de emergência que cubra de 3 a 6 meses do seu custo de vida, o que também consumiria parte dos seus recursos, temporariamente. 

Conte com o C6 Bank para realizar o sonho da casa própria  

O C6 Bank oferece soluções para ajudar na compra de um imóvel:  

Consórcios C6 Bank  

Para quem deseja adquirir um imóvel sem pressa e com planejamento financeiro, o C6 Consórcio é uma excelente opção. Ao participar de um consórcio, você pode obter a carta de crédito sem pagar juros, apenas a taxa de administração. Com a flexibilidade de lances e a possibilidade de utilizar seu saldo do CDB como lance, o C6 Consórcio torna o processo mais acessível e menos custoso ao longo do tempo.  

Investimentos para poupar  

Se o objetivo é comprar um imóvel, ou acumular para fazer uma grande amortização no futuro, o C6 Invest oferece diversas alternativas de investimentos, como CDBs que ajudam a poupar e acumular o valor necessário. Esses produtos oferecem segurança e boas taxas de rendimento, o que permite que você planeje a compra sem comprometer sua saúde financeira. 

Este é o final do post. Esperamos que você esteja mais seguro a respeito como funciona o pagamento de um financiamento imobiliário e a melhor forma de fazê-lo, e que consiga aplicar o planejamento necessário para executar a amortização e adquirir o seu imóvel desejado o quanto antes. 

Agora, aproveite para ler outros conteúdos sobre o tema: 

  • Ainda não está usando o C6 Bank? Baixe o app, abra sua conta digital, peça seu cartão sem anuidade (sujeito a análise) com a cor que quiser e aproveite um banco completo com tudo em um só app.