A maioria dos brasileiros ainda não diversifica os investimentos; entenda os benefícios de uma carteira diversificada
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Em junho, o C6 Bank divulgou pesquisa encomendada ao Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) realizada com 2.000 pessoas das classes ABC com acesso à internet que mostra, entre outras informações, que a maioria dos brasileiros não faz diversificação de investimentos. Enquanto 28% dos entrevistados disseram colocar tudo o que possuem em apenas um tipo de produto, outros 30% afirmam concentrar a maioria de seus recursos em uma única aplicação.
Ainda segundo a pesquisa, apenas 28% disseram investir na Bolsa de Valores. Desse total, 46% têm ações de menos de 5 empresas. 26% têm papéis de 6 a 10 companhias e somente 13% têm ações de mais de 10 empresas, apresentando mais um sinal de baixa diversificação. No entanto, a verdade é que diversificar é uma das melhores práticas que se pode adotar quando o assunto são investimentos. No post a seguir, vamos falar de forma mais aprofundada sobre esse conceito, além de responder a uma série de questões relacionadas, como por exemplo:
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A relevância da prática da diversificação de investimentos vem do fato de que, ao concentrar todo seu dinheiro em uma única aplicação, o investidor fica excessivamente exposto a quaisquer eventos que possam impactar a aplicação escolhida. Imagine todos os seus recursos investidos em uma única ação na Bolsa, e então o preço dessa ação cai abruptamente. Para o investidor isso seria um desastre, pois uma parte muito significativa de seu patrimônio se desvalorizaria junto.
Agora pense que, para cada investimento, existe uma série de riscos que devem ser levados em consideração: de mercado, de liquidez, de crédito, de produto, riscos locais, entre outros. Não há como simplesmente acabar com esses riscos. No entanto, é possível balanceá-los de forma a amortecer eventuais impactos por meio da diversificação de investimentos.
Desde 1952, com a teoria do portfólio de Markowitz, a diversificação é discutida como uma das principais formas de otimização da carteira. De acordo com a teoria do economista americano, decisões relacionadas à seleção de investimentos devem ser tomadas com base na relação risco-retorno. Esse ponto ideal de risco-retorno, em que os recursos estão alocados de forma a gerar o maior retorno com o menor risco possível, foi chamado por Markowitz de fronteira eficiente.
O Prof. Liao, educador financeiro aqui do C6 Bank e protagonista frequente dos vídeos no nosso canal do YouTube, também reforça o ponto. Segundo ele, “ao diversificar, o investidor dilui os riscos e ainda potencializa seus retornos”. Ele aproveita para concluir com uma dica: “não coloque todos os ovos em uma única cesta”.
A grande vantagem da diversificação é precisamente a redução de volatilidade e de riscos proporcionada pelo balanceamento do portfólio, que fica mais seguro – mas sem deixar de prezar pela rentabilidade.
Pense em um investidor A, de perfil totalmente conservador, que aloca todos os seus recursos financeiros em investimentos pós-fixados de renda fixa. Apesar de serem investimentos considerado seguros, também tendem a apresentar menor rendimento, correndo o risco até de perder para a inflação e outros produtos com nível equivalente de segurança.
Por outro lado, imagine um investidor B, muito mais arrojado, que aplica todo o seu dinheiro em ações ou outros ativos de alta volatilidade. Apesar de o investidor B ter a possibilidade de obter retornos muito mais expressivos do que o investidor A, o risco de sofrer perdas muito maiores é igualmente superior.
É aí que entra a diversificação: com uma carteira mais balanceada, tanto o investidor A quanto o B conseguiriam uma relação risco-retorno mais saudável, com rendimentos mais consistentes e riscos mais controlados. E isso não significa que você precisa, necessariamente, se tornar um investidor de perfil moderado: é perfeitamente possível – e recomendado –diversificar respeitando sempre o seu perfil de investidor e seus objeticos, sejam eles quais forem.
Vale notar: a diversificação não significa imunidade a perdas. Alguns investimentos ainda irão se desvalorizar e trazer perdas – no entanto, há uma chance muito maior de outros ativos apresentarem rendimentos e não sócompensarem, mas até mesmo superarem essa instabilidade.
Outra vantagem de diversificar seus investimentos é a proteção que a prática dá contra a inflação e a perda do poder de compra. Isso porque há no mercado uma série de ativos atrelados à inflação, em que uma parte da rentabilidade vem de uma taxa prefixada e a outra da correção por um índice de preços (geralmente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, conhecido como IPCA).
Além disso, mesmo em investimentos não atrelados à inflação você pode ter rendimentos altos o suficiente para compensarem a desvalorização da moeda. Por isso, não se preocupe em selecionar somente ativos atrelados – busque, também nesse caso, balancear os dois tipos.
Diversificar não significa atirar para todos os lados e investir em qualquer ativo. É necessário ter estratégia e fazer suas escolhas de investimento tendo como pilar central o equilíbrio. Além disso, deve-se sempre levar em consideração se o investimento está de acordo com o seu perfil de investidor, objetivos, tolerância a riscos, entre outros fatores.
Por conta disso, não há uma única forma certa de dividir. No entanto há algumas dicas que você pode adotar. A primeira delas é ficar atento a taxas. Ao diversificar, você vai se deparar com uma série de características diferentes por investimento, como taxas de administração, performance, além da incisão de tributos como o Imposto de Renda, por exemplo. Adicionalmente, também vale a pena ter atenção com os prazos de vencimento, a fim de não acabar prendendo seu dinheiro por mais tempo do que gostaria.
E mais: leve suas metas e objetivos em grande consideração. Por exemplo: sempre recomendamos como primeiro passo no mundo dos investimentos a criação de uma reserva de emergência, quantia cujo objetivo é a utilização em momentos imprevistos ou de, como o nome sugere, emergência, e que cubra, idealmente, de três a seis meses do seu custo de vida. Para esse fim, são mais indicados investimentos de renda fixa, com menor risco, pois trata-se de uma quantia que deve ser usada apenas em situações excepcionais. Por conta disso, não é bom deixá-la exposta a riscos.
A diversificação não é uma via de mão única. Pode ser executada de diversas maneiras e, por isso, levar a diferentes expectativas de rentabilidade. No entanto, entendemos que muitas pessoas encontram dificuldades na hora de gerenciar os investimentos e expandir a carteira. Por isso, queremos apresentar a você uma ferramenta do C6 Bank criada exatamente com esse objetivo.
O C6 TechInvest é uma ferramenta do C6 Bank que oferece a possibilidade de distribuir seu patrimônio automaticamente, já visando a maior rentabilidade possível de acordo com suas preferências. Lá, após descobrir seu perfil de investidor, com o teste suitability, você recebe uma carteira de investimentos diversificada e personalizada, de acordo com seu perfil.
Essa carteira é rebalanceada automaticamente, com a ajuda de algoritmos e especialistas do C6 Bank que acompanham o mercado e os ativos presentes no C6 TechInvest. Com base nessas informações, nossa equipe revisa e ajusta a sua carteira quando necessário – sempre priorizando o máximo de retorno dentro do risco que você está disposto a correr. A aplicação mínima é de R$ 1.000.
Já para quem deseja diversificar com investimentos no exterior e evitar concentrar sua exposição somente ao mercado brasileiro, o C6 Bank também tem uma solução: o Global Invest.Nessa plataforma, você tem acesso a ativos globais até então restritos a pessoas com grandes volumes de investimento e pode investir emopções em renda variável, hedgee mutual funds. Nesse caso, o aporte inicial é US$ 500.
Agora que você está mais familiarizado com o conceito de diversificação, suas vantagens e como começar a aplicá-lo nos seus investimentos, que tal ler outros conteúdos sobre investimentos? Aproveite para ler também: