O perfil de investidor é de extrema importância para que seja possível identificar os produtos mais apropriados para cada indivíduo
Atualizado em
No mundo dos investimentos, é muito comum dizer que determinada aplicação é direcionada a um perfil conservador, enquanto outra atende a perfis de investidores mais agressivos ou arrojados. Esse tipo de categorização pode parecer trivial, mas não é: inclusive, desde 2015 o suitability, como é conhecido o questionário usado para definição do perfil, é obrigatório, em função de resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Mas o que significa um perfil de investidor? Por que algumas pessoas são indicadas para determinados investimentos e outras para outros? É possível mudar o meu perfil? Ao longo deste post, iremos esclarecer essas e outras dúvidas. Nele, você também encontrará informações como:
Está começando no mundo dos investimentos e gostaria de conhecer outros conceitos importantes? Confira alguns conteúdos relacionados:
De forma geral, o perfil de investidor é um conceito baseado em uma série de características que cada indivíduo tem: suas preferências, expectativas, horizonte de tempo, objetivos e tolerância a riscos. Esse perfil é traçado a partir do suitability, questionário que busca entender os investimentos mais adequados para determinado indivíduo através da análise dos fatores citados.
O suitability é regulamentado, primariamente, pela Resolução CVM n° 30, de 2021, que dispõe sobre o dever de verificação da adequação dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente. No entanto, vários outros documentos também dispõem sobre o assunto.
Além de entender quanto risco você está disposto a correr, também é importante se perguntar aonde você quer chegar, e em quanto tempo. Ao entender melhor como enxerga seu horizonte e sua disposição para cada caminho disponível, fica mais fácil planejar a trajetória para que esses objetivos sejam atingidos.
A importância do perfil de investidor vem do seu objetivo: dar a garantia de que quem participa desse mercado não seja induzido a riscos de perdas e oscilações dos quais não tenha prévia ciência ou conhecimento.
Isso é relevante porque ninguém é igual. Objetivos, capacidade financeira, conhecimentos sobre produtos e tolerância a riscos – tudo isso irá ter reflexos na sua maneira de conduzir aplicações. Essa diversidade precisa ser considerada dentro da totalidade do processo, porque o mesmo ativo não será o mais indicado a qualquer investidor em toda situação.
Importante frisar que a falta de compatibilidade entre pessoa e produto não proíbe que o cliente ainda assim decida aplicar em um determinado ativo. Ele tem esse direito, desde que o intermediador deixe claro quais são os riscos embutidos e o investidor se diga expressamente ciente.
De acordo com a CVM, as entidades devem levar em consideração três fatores para determinar a aderência do investimento ao cliente. Eles são:
A Comissão permite que os bancos ou corretoras façam a consulta aos seus clientes de forma pessoal ou por meios eletrônicos. Após a consulta, tanto os clientes quanto os produtos de investimento devem ser colocados em categorias pré-definidas, daí a combinação ou não entre cliente e produto.
Os critérios da CVM listados acima são destrinchados em uma lista de pontos que devem ser levados em conta e que vão desde a razão do investimento até a formação acadêmica do investidor.
Há dois fatores que são essenciais: o risco e a liquidez do investimento.
A liquidez é o prazo em que um investimento pode ser resgatado após o pedido do investidor. Quanto maior a liquidez, mais imediato é o resgate.
Já o risco é a mensuração de em que proporção um ativo pode se desvalorizar a ponto de que o investidor perca dinheiro.
Ao abrir a conta de um cliente, o procedimento usual é que os bancos ou corretoras enviem um questionário para ser preenchido, o já mencionado suitability. As questões principais a serem esclarecidas são quanto o investidor tem de patrimônio, quanto recebe mensalmente, qual é a sua familiaridade com investimentos e qual é a sua disposição a correr riscos.
O C6 Bank classifica os investidores em três níveis: 1, 2 e 3. Conheça as principais características de cada um, a seguir.
Um investidor de nível 1, ou seja, deperfil conservador, é aquele que apresenta pouca tolerância a riscos, e cuja prioridade é a proteção do próprio patrimônio.
Investidores dessa categoria tendem a optar por produtos com movimentações mais previsíveis, evitando aportes que apresentem grande oscilação – mesmo que, muitas vezes, isso signifique abrir mão de uma maior rentabilidade.
Produtos frequentemente escolhidos por investidores conservadores são, por exemplo, Tesouro Selic, CDBs pós-fixados, fundos de investimento conservadores, entre outros.
Investidores nível 2 ou moderados ainda têm algumas características conservadoras, mas no geral demonstram flexibilidade razoavelmente maior em relação a riscos. Na maior parte dos casos, o patrimônio de quem se encontra nessa categoria também tende a ser alocado em produtos mais seguros, como os já mencionados CDBs pós-fixados ou o Tesouro Selic, de liquidez diária.
Contudo, parte desse dinheiro também pode ser aplicada em produtos de maior risco e potencial de rentabilidade, como é o caso de letras de crédito com prazos mais longos, fundos de investimento imobiliário ou multimercado, por exemplo.
O nível 3, chamado por algumas pessoas de agressivo, caracteriza o investidor arrojado: é aquele com a maior disposição a correr riscos, dentre as três categorias. De forma geral, também é o grupo que reúne os investidores mais experientes, que conhecem com mais profundidade os produtos oferecidos e possuem mais tempo de mercado.
Todas essas características se somam a outra de igual importância: o desejo por maiores rendimentos. Felizmente, em função de sua maior disposição a risco, o investidor arrojado tende a ter mais opções entre as quais escolher, facilitando também o importante processo de diversificação. Algumas alternativas frequentemente procuradas são ações, moedas, fundos de investimento multimercado, criptomoedas, entre outros.
Não só pode, como geralmente muda ao longo da vida. O perfil reflete não só preferências pessoais, mas o momento vivido pelo investidor de forma geral.
Imagine, por exemplo, uma pessoa com perfil investidor agressivo que comprou uma casa. Para isso, ela utilizou parte expressiva do seu patrimônio, o que a levou apassar por uma mudança de perfil, precisando diminuir a margem de risco para recuperar as reservas, bem como buscar mais liquidez.
Da mesma forma, um investidor que acabou de entrar no mercado e tem pouco conhecimento terá mais facilidade em alcançar sucesso com investimentos mais conservadores, haja vista a maior segurança que eles proporcionam. No entanto, na medida em que acumula experiência, pode ser que esse investidor comece a se sentir mais atraído a produtos de maior risco, representando uma alteração no seu perfil.
Inclusive, o Prof. Liao, head de educação financeira do C6 Bank, deu uma importante dica em seu vídeo sobre os perfis de investidor: a realização periódica do teste. “Para determinar o seu perfil, o questionário considera o seu conhecimento sobre investimentos, os seus objetivos como investidor, seu horizonte de tempo e a sua tolerância a perdas. Como tudo isso pode mudar ao longo do tempo, o ideal é que você refaça o questionário regularmente”, afirma.
Ao explicar a definição dos perfis de investidor, já demos alguns exemplos de produtos recomendados e frequentemente procurados por investidores de cada perfil. No entanto, vale notar que, mesmo se encaixando em determinada categoria, você não é obrigado a investir somente em ativos que correspondam a ela.
Na verdade, a melhor dica possível na hora de montar uma boa carteira de investimentos é procurar diversificar. Quem distribui o dinheiro entre ativos diferentes, balanceando renda fixa, renda variável e outros produtos, diminui sua exposição ao risco e ao mesmo tempo ganha a chance de obter uma rentabilidade maior do que a de quem deixa o dinheiro parado na poupança.
Mas, principalmente para quem está começando, saber diversificar pode ser uma tarefa complicada. O C6 Bank, banco com uma das plataformas de investimentos mais completas do mercado, tem um serviço que resolve justamente essa questão: o C6 Invest. Com ele, você consegue não só fazer o suitability, a fim de entender em que nível se encaixa (1, 2 ou 3, equivalendo a conservador, moderado e arrojado, respectivamente), mas também investir em uma série de opções disponíveis dentro do próprio app.
CDBs a partir de R$ 20, fundos de renda fixa, ações, cambiais, multimercados, criptomoedas, opções em renda variável, mercados futuros – a escolha é sua. E mais: com o C6 TechInvest, você não precisa nem se preocupar com notícias, cotações e balanços. Nosso algoritmo, com a ajudade nossos especialistas e muita tecnologia, monitora constantemente as mudanças do mercado, ajustando automaticamente a carteira de investimentos que monta para você em busca da melhor rentabilidade.
Agora que entendeu melhor o que é o perfil de investidor, as categorias e os investimentos mais ligados a cada uma delas, gostaria de ler outros conteúdos a respeito do tema? Então confira alguns posts que separamos para você: