Cada um de nós tem sua própria realidade de despesas e receitas, que compõem o padrão de vida ao qual nos acostumamos
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Planejar financeiramente o futuro não é fácil. Todos sabemos que, mais cedo ou mais tarde, chegará a hora de parar de trabalhar – e, quando isso acontecer, precisaremos ter acumulado recursos que nos mantenham pelo resto da vida. E a pergunta de um milhão de dólares é justamente essa: quanto dinheiro eu tenho que juntar até a aposentadoria?
E não há uma resposta única para todo mundo. Cada um de nós tem sua própria realidade de despesas e receitas, que compõem o padrão de vida ao qual nos acostumamos.
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O ponto de partida é definir com que idade você pretende parar de trabalhar. Isso vai determinar qual será seu prazo para a acumulação dos recursos necessários. A próxima variável é qual a renda que você gostaria de ter. Sabendo onde está e onde gostaria de chegar, você tem condições de construir um percurso de poupança e investimento até lá.
Depois, é hora de avaliar seus gastos – não apenas os fixos, mas também os variáveis e supérfluos.
Ao colocar lado a lado quanto ganha e quanto gasta, você vai descobrir qual é a sua capacidade de poupança: quanto dinheiro você consegue guardar por mês e por ano, para investir nesse projeto.
Esse é um componente essencial da estratégia, pois os aportes periódicos vão ajudar a construir o montante que vai gerar a renda que se deseja ter. Quando você descobrir quanto dinheiro precisa sobrar todo mês para atingir sua meta, poderá fazer os ajustes necessários na sua capacidade de poupança.
Quanto você precisa poupar por mês para alcançar a renda que deseja lá na frente? Esse conhecimento envolve, principalmente, operações com juros compostos.
O que o investidor deseja, no fim das contas, é aplicar um valor inicial a uma certa taxa de juros, fazer aportes mensais por um período de tempo e, no final desse prazo, resgatar um valor final, que é a meta de acumulação estabelecida.
Certo, você já descobriu quanto precisará ter acumulado, daqui a 20 ou 30 anos, para ter a renda que considera ideal. E também calculou o valor mensal que precisaria poupar todo mês para fazer essa conta fechar. Não pense, porém, que agora é só executar esse plano no automático e tudo dará certo no final. A estratégia terá que ser revista todo ano.
Também não dá para saber de antemão qual será o comportamento da inflação e da taxa de juros ao longo do tempo – e essas variáveis também pesam.
Conduzir os esforços de poupança ao longo dos anos para alcançar a independência financeira – e a possibilidade de escolher a hora de parar de trabalhar – é recompensador, mas exige sacrifícios.
Guarde o máximo que puder sem se restringir demais, sem cortar a pizza do domingo e o cafezinho, senão você não consegue cumprir e desiste. Para montar um planejamento, é preciso ter uma geração de renda: parte do que ganha você tem que guardar, e o que guarda você tem que investir. Se fizer apenas o básico, você já terá sucesso, e a partir daí é só ir aperfeiçoando os investimentos.
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