Oscilações na inflação podem afetar drasticamente seus investimentos e poder de compra, mas existem formas de se proteger desse processo
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Como se proteger da inflação em um cenário de aumento constante de preços? Atualmente, muitas famílias estão percebendo uma grande queda no poder de compra. Esse dado pode impactar diversas despesas familiares, como alimentação, moradia, transporte, saúde, entre vários outros gastos essenciais para o orçamento.
O índice calcula a variação do custo dos produtos e serviços essenciais para os hábitos de consumo das famílias brasileiras. Por isso, é preciso evitar a desvalorização do seu dinheiro para não ter perdas financeiras e contrair dívidas durante esse período.
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A inflação é a taxa que mede o aumento dos preços de bens e serviços. Essa variação acontece sobretudo pelas oscilações de oferta e demanda, assim como outros fenômenos como as expectativas para o valor e a inércia inflacionária. Em outubro de 2022, a inflação acumulada registrada foi de 6,47% nos últimos doze meses.
Além disso, a inflação faz com que as taxas de juros aumentem, para poder compensar a escalada dos preços. Dessa maneira, o crescimento econômico pode ser afetado de forma significativa por essa variação.
A inflação é calculada por diferentes índices, sendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) grandes protagonistas.
Outra taxa importante para o cálculo é o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), também conhecido como a “inflação do aluguel”, que é levada em conta ao reajustar contratos imobiliários.
O IPCA verifica a variação do custo de vida para a maioria das famílias, cuja renda mensal varia entre 1 e 40 salários-mínimos. Já o INPC calcula o custo para aquelas mais vulneráveis financeiramente, cujo orçamento disponível é de 1 a 5 salários-mínimos. O rendimento desse grupo tende a ser mais impactado pelo aumento da inflação, uma vez que todo o faturamento costuma ser utilizada para os gastos essenciais.
Esses índices calculam a variação do valor da cesta de produtos e serviços que são mais utilizados pelas famílias brasileiras, e consequentemente são as despesas elementares para a manutenção do estilo de vida e sobrevivência. Confira quais são os bens levados em conta:
Por isso, a inflação é uma questão que impacta diretamente o poder de compra de uma família. Assim, é preciso procurar maneiras de se proteger da alta desse índice. Isso pode ser feito através de investimentos atrelados a inflação e mudanças no estilo de vida, por exemplo.
Existem duas maneiras principais de preservar o seu orçamento em relação à inflação: buscar investimentos que protejam o seu poder de compra e repensar alguns dos seus hábitos de consumo do dia a dia.
Existem alguns produtos de investimentos atrelados à inflação, que podem ajudar a evitar a desvalorização do seu dinheiro e, consequentemente, a queda do seu poder de compra. Assim, o valor vai ficar rendendo juntamente ao aumento do índice.
Além disso, repensar o seu estilo de vida e seus hábitos de consumo é uma maneira de otimizar o seu orçamento e diminuir o impacto da inflação para a sua renda mensal. Por exemplo, utilizar o carro pode ter um grande impacto no orçamento mensal, por conta da alta da gasolina.
De modo que adotar novas formas para se locomover pode ajudar a diminuir a inflação pessoal. É possível oferecer carona para colegas e vizinhos e dividir o preço do combustível, ou utilizar meios de locomoção como a bicicleta.
Além disso, também é possível evitar a desvalorização do seu dinheiro por meio de investimentos acima da inflação. Dessa maneira, o valor ficará rendendo e não será superado pelo IPCA.
Muitos investimentos de renda fixa são beneficiados pela alta inflação, como os CDBs, por exemplo. No entanto, não esqueça: a poupança é um produto que costuma render abaixo do IPCA, e por isso deve ser evitada, sobretudo em momentos de alta inflação. Conheça as principais opções de investimentos que superam a inflação:
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são investimentos de renda fixa emitidos por instituições financeiras. A rentabilidade, portanto, pode variar de produto para produto, podendo ser indexada à inflação ou ao CDI, por exemplo.
Um exemplo é o CDB IPCA+ do C6 Bank. Essa aplicação vai render sempre acima do índice de inflação. São sete opções, com diferentes prazos de liquidez.
Você pode começar a investir nesses produtos com uma conta do C6 Bank. Assim, você poderá centralizar toda a sua vida financeira em um único aplicativo, além de contar com as soluções completas de investimentos do C6 Invest. Para isso, é só baixar o app e solicitar a abertura da sua conta.
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional em parceria com a B3 para oferecer títulos públicos federais. Investir nesses produtos também pode ser uma alternativa para vencer a inflação. Nesse sentido, títulos atrelados ao IPCA ou à taxa Selic vão render acima da inflação.
No caso do Tesouro IPCA+, por exemplo, o produto conta com uma rentabilidade fixa somada a variação do IPCA. Assim, além de superar o índice, o dinheiro vai ter uma renda adicional.
Antes de aplicar dinheiro em um investimento, é preciso estar atento à rentabilidade real daquele produto. Isso significa que um fundo que renda 10% ao mês não contará com esse lucro real no momento do resgate. Para considerarmos o valor final que será resgatado, é preciso descontar o IPCA, ou outro índice da sua escolha, assim como o Imposto de Renda e outros encargos envolvidos.
Por exemplo, no caso da poupança, o rendimento poderá ser ainda menor à inflação, o que causará uma desvalorização real do seu dinheiro. Por isso, é importante estar atento a rentabilidade em comparação ao IPCA, para entender se aquele produto realmente vale a pena.
Para calcular a rentabilidade real de um investimento, é preciso subtrair o percentual do rendimento e o percentual da inflação atual. Há uma fórmula que pode ser utilizada com esse fim. Confira:
(1 + rentabilidade do produto) / (1 + inflação ) – 1 = rentabilidade real
Para exemplificar, vamos utilizar um CDB cuja rentabilidade foi de 15% ao ano. A inflação observada no período foi de 10%. Então:
(1 + 0,15) / (1 + 0,1) - 1
(1,15 / 1,1) - 1
1,04545 – 1 = 0,04545
Isso significa que, no exemplo, a rentabilidade real foi de aproximadamente 4,5% ao ano.
Com a alta da inflação, investir em produtos atrelados ao IPCA e à taxa Selic pode parecer uma boa ideia. No entanto, é preciso tomar muito cuidado com investimentos a longo prazo. Isso porque, caso o IPCA volte a cair no futuro, a rentabilidade será impactada de forma direta nesse momento.
Por isso, é importante estar atento ao prazo de liquidez da aplicação em que você está investindo para evitar esse problema. Vale lembrar também que isso não significa em uma perda real da sua rentabilidade.
Independentemente do momento econômico que estamos vivendo, a recomendação é diversificar a sua carteira por meio de diferentes produtos de investimento. Assim, a sua rentabilidade não estará sujeita a um único índice, evitando surpresas e prejuízos.
Em momento em que a inflação está em queda, existem algumas recomendações para as aplicações. Por exemplo, investir em renda variável pode ser mais viável nesse momento, uma vez que as opções de renda fixa renderão menos. Assim, essa categoria poderá oferecer maior rentabilidade para a sua carteira. Confira alguns produtos que podem fazer sentido nesse momento financeiro:
Você pode utilizar o C6 Invest na hora de aplicar o seu dinheiro. Com a plataforma de investimentos do C6 Bank, é possível investir em produtos de renda fixa, renda variável, além de fundos de investimento e previdência privada. Assim, é possível montar uma carteira diversificada de acordo com as suas necessidades e objetivos.
No entanto, se você quer ajuda para diversificar e balancear a sua carteira, o C6 TechInvest é uma opção. A solução tecnológica cria a sua carteira do zero, além de contar com a experiência da nossa assessoria de investimentos, que monitora e recalibra a sua carteira conforme as oscilações do mercado.
E ainda o C6 Bank oferece sete opções de CDBs IPCA+, com diferentes prazos de vencimento. A aplicação mínima é de R$100, e os prazos variam entre um a sete anos.
Com tudo isso em mente, existem dois focos principais ao lutar contra a alta inflação: a recalibragem dos hábitos de consumo e os investimentos em produtos que rendam acima desses índices.
Para isso, montar um planejamento financeiro para monitorar suas despesas e cortar os gastos que estão sendo impactados de forma mais significativa pode funcionar. Assim, o seu índice de inflação pessoal poderá ser otimizado, evitando o impacto individual.
Vale lembrar que a taxa de inflação não é sentida por todas as pessoas da mesma maneira. Como já explicamos, famílias que dependem de todo o seu orçamento para custear as suas despesas básicas sentirão o índice de forma mais significativa.
Além disso, uma família que utiliza carro será impactada pela inflação diferentemente de uma que não utiliza esse meio de transporte. Todas essas variáveis podem ser calculadas por meio da inflação pessoal, que mede o impacto individual do aumento de preços.
Por isso, buscar investimentos que rendem acima da inflação ou estejam atrelados a esses índices é uma forma de evitar a desvalorização do seu dinheiro. Algumas opções nesse sentido são os CDBs IPCA+, assim como os títulos públicos do Tesouro Direto.
Dessa forma, o C6 Bank pode ajudar a se proteger contra a inflação através de nossas soluções de investimentos, assim como educação financeira.
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