O processo de produção de dinheiro é de responsabilidade da Casa da moeda e leva até 12 dias para ser concluído
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É muito provável que, em algum momento, você tenha se perguntado em relação a como as cédulas e moedas são produzidas. Não é por menos: mesmo com a digitalização dos meios de pagamento, elas ainda ocupam uma posição de destaque no cotidiano da população, pois são usadas para uma série de situações. Há até quem as colecione, o que só reforça a presença delas no imaginário das pessoas.
Neste post, vamos falar exatamente sobre como é feito o dinheiro e como acontece a fabricação de moedas para sanar essa curiosidade. Ao longo dele, você irá aprender:
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A produção de dinheiro é um processo complexo, que conta com muitas etapas. No caso da fabricação de moedas, é um pouco mais simples: ela é baseada em uma prática já bastante antiga de gravar imagens no metal através da compressão entre duas superfícies.
O trabalho acontece da seguinte forma: um modelo em gesso é criado previamente para que, posteriormente, seja transferido para uma versão em níquel. Na sequência, ele é usado como base para que o desenho seja esculpido em um pedaço de metal, dando origem à chamada matriz. Com ela pronta, por fim, dois moldes são colocados em uma prensa de alta velocidade, permitindo a fabricação de moedas com grande rapidez.
A impressão se dá em vários passos. O primeiro deles é essencial para a segurança de todo o procedimento: com o uso de uma técnica chamada impressão offset, é produzida uma camada invisível a olho nu, que só pode ser detectada ao ser colocada contra a luz azul.
Na sequência, uma nova impressão é feita com a mesma técnica – dessa vez, no entanto, os primeiros elementos já começam a ser inseridos na cédula, como as imagens que a preencherão.
Entre o primeiro e o segundo passo, há um intervalo de dois dias para que a tinta das primeiras impressões seque completamente. Depois desse período, é hora da calcografia, um processo em matriz de metal que permite a inclusão de elementos em relevo. Pegue uma cédula e faça o teste: algumas partes dela terão uma altura levemente diferente, criando um pequeno ressalto.
Essa é a última etapa da produção de dinheiro que ainda é ligada à impressão da cédula. Nela, são gravadas informações importantes, como o valor que a nota terá, bem como o número de série, incluído após uma verificação manual. Você pode encontrar esse número em duas regiões da nota: no canto inferior, em tinta preta, e outra acima, em vermelho.
Nessa quarta etapa, são verificadas características como o peso e as dimensões do papel, com instrumentos de alta precisão que identificam variações em nível milesimal até nas fibras do material. É aí que entram as normas ABNT.
As verificações chegam a níveis extremamente minuciosos, como é o caso das máquinas especiais que conferem a porosidade do papel. O ideal é que as notas não sejam ásperas nem lisas demais, nem excessivamente brancas, brilhantes ou mesmo opacas. Tudo é trabalhado para corresponder a um padrão.
A qualidade do papel também evita que ele seja deteriorado por fatores externos, como a água. Se não fosse por esse trabalho, essas cédulas ficariam inutilizáveis muito rapidamente.
Por fim, na etapa final do processo de fabricação de cédulas, são feitos testes para verificar a acidez e a durabilidade das fibras do papel, para evitar o desgaste causado por, por exemplo, adesivos colados e posteriormente retirados das notas. Também é testada a dobradura do papel, através de um procedimento em que o mesmo ponto da cédula é dobrado milhares de vezes a fim de assegurar a resistência do papel.
Em média, o processo de fabricação de dinheiro leva cerca de 12 dias. Ao final desses passos, a Casa da Moeda passa as notas e moedas recém-produzidas para o Banco Central, responsável pela distribuição.
A logística de distribuição de dinheiro é de responsabilidade do Banco Central. Esse é um processo de complexidade tão relevante quanto o da fabricação: o Brasil é um país de dimensões continentais e fazer o dinheiro chegar a todos os cantos dele é uma tarefa de grande dificuldade. Por isso, esse processo também é dividido em etapas.
Após a impressão, o dinheiro é enviado primeiramente a unidades do Departamento do Meio Circulante (MECIR) em nove cidades:
Os carros-fortes são os veículos usados para fazer o transporte do dinheiro entre esses trajetos. A partir daí, as cédulas e moedas são transferidas para o Banco do Brasil, responsável pelo repasse do dinheiro para as outras instituições financeiras, casas lotéricas e caixas eletrônicos, onde a população pode fazer o saque dos valores desejados.
Embora a impressão de dinheiro seja necessária, o excesso dela pode causar problemas – em específico, a inflação. Se a Casa da Moeda produzisse moedas indiscriminadamente, haveria um aumento na quantidade de dinheiro em circulação. Se a oferta de produtos no mercado não acompanhar esse aumento, no entanto, a tendência é que os preços comecem a crescer de maneira desenfreada.
Ainda nesse sentido, vale a pena lembrar que o mundo está cada vez mais digital. Cartões e ferramentas de transferência como o Pix estão em posições de importância cada vez maior no que diz respeito a finanças, enquanto o dinheiro físico tem sido reduzido a usos mais específicos.
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