Existem vários sistemas de amortização disponíveis no mercado, mas todos eles atendem ao objetivo de reduzir uma dívida, empréstimo ou financiamento
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Saber o que é a amortização de uma dívida pode ser de grande ajuda na hora de pagar empréstimos e financiamentos. Nesses casos, é possível reduzir o valor da pendência com o pagamento de parcelas de forma antecipada, sem prejudicar suas reservas.
Se você acha que a amortização pode fazer sentido para a sua vida financeira, é necessário entender qual é o sistema usado pela instituição financeira em que você realizou o empréstimo, além de outros pontos relativos ao recurso. Pensando nisso, o C6 Bank preparou este post para tirar todas as suas dúvidas. Nele, você aprenderá:
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A amortização é a redução do valor total pago de um financiamento ou empréstimo. Na maneira tradicional de amortização de dívidas, esse processo acontece de acordo com o pagamento progressivo das parcelas. No entanto, também é possível amortizar o seu financiamento por meio do adiantamento de parcelas, por exemplo.
A amortização pode ser feita por alguns métodos, que são acordados diretamente no contrato entre o cliente e a instituição financeira. Esse processo costuma ser realizado sobre o valor bruto da dívida, sem levar em conta os juros e outras taxas cobradas pela instituição financeira. Dessa forma, ao adiantar algumas parcelas, o valor total dos juros será reduzido, uma vez que o tempo total do empréstimo irá diminuir.
Os sistemas de amortização são utilizados para determinar a forma que a dívida será abatida ao longo do tempo. Esse sistema será determinado pela sua instituição financeira, portanto, vale consultar qual o método utilizado pela empresa em que você possui um empréstimo, ou pretende contratar no futuro.
Os principais sistemas de amortização disponíveis no mercado são:
A seguir, confira como funciona cada um deles:
Através da amortização pela Tabela Price, o valor de cada parcela bruta permanece o mesmo ao longo do tempo. No entanto, as taxas e juros cobrados são maiores no começo do financiamento, ocupando um pedaço maior das primeiras parcelas.
Por isso, embora o valor da dívida possa aumentar com o tempo, o valor pago por parcela vai se manter constante. Assim, o empréstimo não estará sujeito a variáveis como a taxa Selic, por exemplo, que afetam a taxa de juros da dívida.
Já com o Método SAC, o valor das parcelas pode variar com o tempo. Assim, no começo do financiamento você paga um valor mais alto, e que varia de forma regressiva. Dessa forma, os juros serão calculados sobre o valor da parcela, fazendo com que as taxas diminuam com o tempo.
Usado majoritariamente para financiamentos de capital de giro de grandes indústrias. Nele, o contratante faz o pagamento integralmente, de uma única vez, incluindo os juros. É tido como a alternativa mais simples no universo da amortização.
Também conhecido como SAA, esse sistema funciona a partir do pagamento periódico dos juros. Ao final do prazo definido, a quantia emprestada inicialmente é quitada de uma só vez. A vantagem é que o pagamento das prestações é menor e fixo, sem sofrer variações. Por outro lado, é necessário contar com o valor integral do empréstimo ao final.
Esse sistema mistura o PRICE e o SAC. Nele, o devedor paga o empréstimo prestações com valores equivalentes à média aritmética das parcelas dos dois métodos. Da mesma forma, os juros também são constituídos a partir da média de juros, amortizações e saldos devedores do PRICE e do SAC.
O sistema alemão de amortização funciona com base na quitação de uma dívida de forma que os juros são pagos antecipadamente com prestações iguais. A exceção é a primeira, que corresponde aos juros cobrados no momento do empréstimo. Por ter uma taxa decrescente, o valor final das prestações consequentemente também diminui.
Antes de fazer a amortização de financiamento ou empréstimo, é importante levar em consideração alguns fatores sobre a sua vida financeira para entender se esse processo vai compensar ou não.
Primeiro, você deve considerar outras possibilidades para usar o dinheiro, como guardar uma reserva de emergência e investir.
Além disso, a amortização pode fazer sentido ou não com base no sistema utilizado. No caso da Tabela Price, por exemplo, amortizar o valor pode não fazer diferença para o valor total pago. Já no Método SAC, que está mais sujeito a variação das taxas de juros, a amortização pode ser importante para reduzir o valor pago.
Portanto, é essencial avaliar a taxa de juros no momento da amortização. Pode ser mais vantajoso aproveitar um momento em que a taxa não esteja tão alta. Por isso, em alguns tipos de empréstimo, é possível realizar um abatimento apenas da taxa de juros.
Depende da sua preferência. A amortização do prazo se dá de forma que, ao pagar o saldo devedor, o consumidor consegue reduzir o tempo da dívida. Amortizar as prestações, por outro lado, permite que o tomador do empréstimo pague parcelas valores menores por mês, tornando o financiamento mais confortável financeiramente.
Se suas despesas tendem a ser mais imprevisíveis, talvez seja mais interessante optar pela amortização das prestações, de forma a ter mais dinheiro disponível para outras necessidades do dia a dia. Se você já conseguiu estabelecer um bom planejamento financeiro e tem controle sobre seus gastos, por outro lado, pagar quantias maiores e amortizar o prazo pode ser mais adequado. No fim das contas, tudo depende da realidade em que você está inserido.
Usar o FGTS para amortizar financiamento, seja pelo adiantamento de parcelas ou pela quitação total do débito, costuma ser uma boa ideia, sendo possível reduzir o saldo devedor em até 80%, ou 12 parcelas.
Atualmente o fundo rende 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), valor inferior à inflação. Considerando que os juros das prestações costumam variar entre 6% e 9%, essa operação se mostra financeiramente vantajosa.
Vale ressaltar: após usar o fundo, é necessário esperar pelo menos 2 anos para repetir o procedimento.
Essa relação diz respeito a um dilema enfrentando por algumas pessoas, baseado no questionamento de quitar o financiamento ou investir o dinheiro.
Financeiramente falando, investir tende a ser melhor no longo prazo. Isso porque quitar o financiamento só vale mais a pena quando não há um produto de investimento com rentabilidade que supere a taxa efetiva do empréstimo.
Por exemplo: se a taxa de juros é de 7%, investimentos com retorno maior valerão mais a pena. Após o resgate, além de conseguir quitar a dívida, você ainda terá uma quantia extra proveniente dos rendimentos.
Mas fique atento: muitas vezes, mesmo que o ganho seja nominalmente maior, os custos operacionais podem impactar a quantia resgatada. Caso o investimento fique abaixo da taxa do empréstimo depois de considerados tais descontos (taxas, impostos), ele também deixa de compensar.
Chegamos ao fim deste texto. Esperamos que tenha gostado de saber mais sobre o que é amortização e como funciona, bem como os sistemas existentes.
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