Quem investe em fundos imobiliários pode ganhar dinheiro de duas maneiras: dividendos e vendas de cotas. Mas você sabia que existe uma terceira possibilidade?
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Você sabia que é possível ganhar dinheiro com o aluguel de cotas? Quem investe em fundos imobiliários (FIIs) pode ganhar dinheiro de três maneiras.
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O aluguel de cotas de FIIs tem uma dinâmica parecida com a do empréstimo de ações. Nos dois casos, o dono do ativo, chamado de doador, vai cedê-lo a um outro investidor, o tomador, em troca de uma taxa. O tomador, por sua vez, pode negociar as cotas alugadas (ou ações emprestadas) no mercado e, no final do período do contrato, deverá recomprá-las para devolver ao doador.
A premissa do negócio é a convicção, por parte do tomador, de que aquela ação ou cota de FII irá se desvalorizar. Então ele vende esse ativo ao preço de mercado vigente (digamos, $60).
Se as expectativas se confirmarem e o preço cair para $40, ao recomprar o ativo ele terá um lucro de $20. Apostar na baixa de um ativo é o que se chama no jargão do mercado de “operar vendido”, ou “operação short”.
Já para o doador, a remuneração vem pela taxa que ele recebe do locador ao final da locação das cotas de FII.
Não há uma tabela: ela é estipulada livremente, em função do volume transacionado.
No fim das contas, quem acaba definindo essas taxas é o mercado: papéis mais demandados têm aluguel mais caro. Da própria lei da oferta e da procura, decorre que as taxas para locação de cotas de FII são bem maiores que as taxas para empréstimo de ações.
O tempo mínimo é de um dia e o máximo, de 2 anos. Os contratos celebrados com negociação eletrônica têm duração padronizada de 33 dias, com renovação automática.
Em tese, o tomador vai prolongar o contrato pelo tempo que julgar adequado, até que as condições do mercado permitam recomprar o ativo pelo menor preço possível, para devolver ao doador e encerrar a locação.
Porém, qualquer uma das partes pode interromper o contrato quando desejar. Então, pode ser que o doador peça o ativo de volta em um momento inoportuno para o tomador. Nesse caso, o tomador terá que se sujeitar ao preço de mercado do momento: se o ativo estiver custando mais caro, ele terá prejuízo na recompra. É um risco que ele corre.
O direito aos dividendos taxa é do doador, que é dono daquela ação ou cota. Mas o ativo em questão não está mais em poder dele: foi alugado ao tomador e, muito provavelmente, vendido a um terceiro. Neste caso, quem recebe os dividendos é essa terceira pessoa.
São muito baixos. A B3 atua como contraparte para proteger o doador, garantindo que este receba a remuneração correspondente ao aluguel. Se o tomador não pagar a taxa, a própria B3 paga ao doador e depois cobra dele.
Aqui há vários riscos envolvidos. O mais óbvio é que a trajetória de preço daquele ativo pode ser diferente do que ele havia calculado. Com isso, a recompra pode acabar não trazendo o lucro esperado, e sim prejuízo.
Existe também o risco de liquidez: pode ser que o tomador tenha dificuldades de recomprar o ativo para encerrar o contrato.
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